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EasyJet, Lufthansa, Ryanair, British Airways e Air France juntaram-se. Saiba porquê

As cinco maiores companhias aéreas acordaram formar um lóbi para pressionar Bruxelas a tomar medidas que tornem a indústria europeia competitiva. Reclamam, por exemplo, a redução dos custos aeroportuários.

Bloomberg
18 de Junho de 2015 às 12:22
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A IAG (British Airways e Iberia), a Lufthansa, a Air France-KLM, a EasyJet e Ryaniar decidiram formar um lóbi para defender interesses comuns, exigindo que a União Europeia opere mudanças rápidas ao nível das políticas públicas e da regulação do sector.

 

Este lóbi será formalmente constituído em Outubro e resulta da discordância entre as transportadoras que fazem parte da Associação das Companhias Aéreas Europeias na forma de responder ao crescimento rápido das companhias do Golfo. Este lóbi pretende influenciar as novas normas da aviação que estão a ser preparadas por Bruxelas.

 

Concorrentes nos ares, as ‘low cost’ EasyJet e Raynair, e as companhias de bandeira mais relevantes da Europa, decidiram juntar esforços em terra. "A Europa necessita de um plano integral para a indústria da aviação. Olhando para os países do Golfo vemos que eles têm um plano. Temos que tornar a indústria europeia tão competitiva como era antes", explicou Carsten Spohr, presidente executivo da Lufthansa, citado pela AFP.

 

Uma das medidas que este lóbi vai exigir junto da Comissão Europeia é uma diminuição dos custos aeroportuários. O aumento da competitividade do transporte aéreo europeu poderia criar "meio milhão de postos de trabalho e aumentar em 37 mil milhões de euros o produto interno bruto europeu", argumentou Alexandre de Juniac, presidente executivo da Air France-KLM.

 

Já Michael O’Leary, líder da Ryanair, defende que a Europa deve criar mecanismos para que as greves dos controladores aéreos não causem perturbações na indústria "usando novas tecnologias e mecanismos de arbitragem". Uma abordagem idêntica é feita pelo líder da IAG. Willie Walsh desafiou Bruxelas a aplicar, de uma vez, o conceito de céu único europeu que consiste numa gestão comum e mais eficaz do espaço aéreo europeu. "Estamos de acordo uns com os outros", resumiu Carolyn McCall, CEO da EasyJet.

 

John Strickland, analista do sector da aviação da JLS Consulting, classifica como "notável" esta aliança. "É certo que eles se vão concentrar numa abordagem da indústria como uma voz única e coerente, deixando de lado as diferenças que existem entre eles quanto aos modelos de negócio, estratégia e filosofia" das respectivas companhias, afirmou este analista ao Financial Times.

 

As companhias que agora constituíram este lóbi têm mostrado divergências sobre as formas de cooperação com as suas congéneres do Golgo. A IAG tem como maior accionista a Qatar Airways e a Air France-KLM tem uma parceria com a Ethiad Airways. Em contrapartida, a Lufthansa tem revelado dúvidas sobre se está a competir em igualdade de condições com as companhias do Golfo. A IAG a Alitalia, detida a 49% pela Ethiad Airways, já abandonaram a Associação da Companhias Aéreas Europeias.

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