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Ryanair admite parceria com TAP em voos de longo curso

A companhia portuguesa é uma das que integra o grupo que o CEO Michael O’Leary quer ter como parceiras. As ligações entre Lisboa e a América do Sul pesarão nesta vontade. Ao Negócios, a TAP informou que “desconhece a intenção” da Ryanair.

Bloomberg
11 de Agosto de 2015 às 13:12
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É uma mudança significativa da estratégia da transportadora "low cost" [de baixo custo] irlandesa. A Ryanair diz estar em conversações com várias companhias aéreas rumo a parcerias no transporte de passageiros.

De acordo com a Reuters e a Bloomberg, uma das eventuais parcerias é a portuguesa TAP. A intenção da Ryanair seria ligar os seus voos de curta distância aos de longo curso das companhias parceiras. No caso da TAP, as rotas para a América do Sul a partir de Lisboa são apontadas como as mais interessantes pelas agências.


A intenção foi avançada pelo CEO Michael O’Leary esta segunda-feira, 10 de Agosto, à Reuters e confirmada pelo porta-voz Robin Kiely já esta terça-feira à Bloomberg. Na lista das companhias referidas estão, para além da TAP, as do grupo IAG (dono da British Airlines e Iberia), Virgin Atlantic e Norwegian Air Shuttle.


Contactado pelo Negócios, o porta-voz da TAP esclarece que a companhia portuguesa – cujo 61% do capital se encontra em processo de alienação ao consórcio Gateway, formado por David Neeleman e Humberto Pedrosa – "desconhece a intenção" da Ryanair neste tipo de acordo. Para já, não foram realizados quaisquer contactos nesse sentido.


É uma posição semelhante à que foi já tornada pública pela IAG, que confirmou à Bloomberg ainda não ter arrancado com nenhuma discussão formal. Mesmo que integrem alianças aéreas, como a Star Alliance, as companhias têm liberdade para fechar parcerias como esta que a Ryanair tornou pública.


Até ao momento, Michael O’Leary tinha evitado estabelecer laços com outras transportadoras, sugerindo que as mesmas seriam incompatíveis com o compromisso de rapidez considerado essencial para os baixos custos. Contudo, com o aumento de rotas para aeroportos principais e das próprias frequências, abre-se agora margem para apostar noutra estratégia.


As agências noticiosas escrevem que a cooperação pode arrancar em algumas rotas, com o início do horário de Inverno na aviação, agendado para 25 de Outubro. Os parceiros de longo curso seriam responsáveis pela transferência de bagagem e apoio aos passageiros em casos de ligações perdidas, explicitam.


Ao Negócios, a Ryanair confirma as declarações do CEO Michael O’Leary. "Nesta fase, não temos nenhuma nova actualização", acrescenta fonte oficial quando questionada sobre as negociações com a TAP.

Em Fevereiro, aquando de uma passagem por Portugal, o gestor aproveitou para comentar o futuro da companhia aérea portuguesa. "A TAP privada vai ser uma companhia bem melhor", afirmou.

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