Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Caso se construa novo aeroporto será necessário “repensar as taxas”, diz CEO da Vinci

O aeroporto de Lisboa recebe actualmente entre 17 a 18 milhões de passageiros por ano, um valor que coloca em cima da mesa a questão de um novo aeroporto. Segundo o presidente e CEO da Vinci, isso poderá acontecer antes do previsto e obrigará a rever os termos do contrato de concessão da ANA.

22 de Setembro de 2015 às 19:45
  • 14
  • ...

"Sabíamos que no curso destes 50 anos [de concessão] em algum momento teríamos de pensar e negociar um novo aeroporto". As palavras são de Xavier Huillard, CEO da Vinci, que adiantou que esta necessidade poderá estar mais perto do que o imaginado e que se vier a ocorrer obrigará a "repensar as taxas" aeroportuárias.

"Dada a taxa de crescimento que tivemos até agora, a data em que teremos de começar a pensar sobre isso [a construção de um novo aeroporto] está provavelmente mais perto do que pensávamos antes", assumiu o CEO da Vinci à margem da conferência Internacional Summit of Business Think Tanks que teve lugar esta terça-feira no hotel Ritz, em Lisboa. "Começámos a discussão com o nosso senhorio, o Governo, e temos tempo", acrescentou o responsável, sem querer adiantar "mais nada" sobre estas conversações.

Quando questionado sobre quando o novo aeroporto será necessário, o responsável disse que "é impossível responder a essa questão" e que isso dependerá da evolução da taxa de crescimento e da capacidade de "encontrar maneiras criativas de receber todos". Actualmente, o aeroporto de Lisboa recebe "entre 17 e 18 milhões [de passageiros] por ano", sublinhou.

No que diz respeito às taxas cobradas no aeroporto de Lisboa, Xavier Huillard garantiu que o contrato de concessão "é cristalino" e que se vão "cumprir as regras que estão previstas nesse contrato". "Claro que se tivermos de construir um aeroporto novo vamos ter de voltar a esta matéria e repensar as taxas", adiantou, destacando porém que esta é uma questão à qual não se pode responder hoje. "Nem sabemos onde será este novo aeroporto", destacou.

A Vinci tem, no âmbito do contrato de concessão da ANA, exclusividade de exploração em 50 quilómetros.

As eleições do próximo dia 4 de Outubro e a eventual mudança de Governo não é uma questão que preocupe o CEO da Vinci, que compara um contrato de concessão a "um casamento". "Quando estás perante uma dificuldade, encontras forma de lidar com essa dificuldade de forma a continuares. A realidade é que tens de começar, neste tipo de situação, com o sentimento profundo de que estarás lá para os próximos 50 anos".

Ver comentários
Saber mais Xavier Huillard Lisboa ANA Business Think Tanks Ritz empresas Vinci aeroporto transportes aviação
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio