Paulo Azevedo, CEO da Sonae, afirmou esta quinta-feira, durante a apresentação de resultados da empresa que não tinha "confirmação nem desmentido" dos parceiros angolanos, do universo Isabel dos Santos, acerca da contratação de dois quadros de topo da sociedade da Maia, ligados ao marketing e que tinham informações relevantes sobre a implementação do projecto do Continente em Angola.

Questionado sobre a polémica, Paulo Azevedo referiu apenas que não podia adiantar mais informações sobre o processo e recusou confirmar que o projecto da Sonae em Angola esteja em perigo, mas disse que "também gostava de saber" em que fase está a parceria. "Para sabermos os próximos passos é preciso uma resposta", realçou o empresário.

Quanto a possíveis repercussões na gestão da Nos, onde a Sonae, tal como no projecto do retalho, tem com parceiro uma empresa do universo de Isabel dos Santos, Ângelo Paupério, que vai passar a co-CEO, depois da saída de Belmiro de Azevedo, disse que tudo está a correr normalmente, mesmo depois do problema ter sido tornado público.

O mesmo responsável não excluiu analisar a compra da Cabovisão.

Quanto à saída de Belmiro de Azevedo, Paulo Azevedo afirmou que ficaram "tristes" mas que era um processo já expectável. E reafirmou a sua boa relação com Ângelo Paupério. "Trabalhamos juntos há mais de 20 anos, já nos sucedemos um ao outro em várias posições. A probabilidade de haver conflitos é zero", salientou.