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Mota-Engil aumenta capital para financiar saída de bolsa da unidade africana

A Mota-Engil quer retirar a subsidiária africana da bolsa. Para financiar a operação, a construtora propõe aos accionistas aumentar o capital com a emissão de novas acções no valor mínimo de 2,4814 euros por acção.

11 de Outubro de 2015 às 16:49
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"O Conselho de Administração da Mota-Engil pretende promover a realização de um aumento do capital social (...) até um montante equivalente ao que vier a ser empregue pela Mota-Engil África na aquisição das acções" que forem objecto de uma operação de exclusão da bolsa de Amesterdão. É desta forma que a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins pretende financiar a retirada da sua "holding" que agrega os negócios em África, de acordo com o comunicado enviado este domingo ao mercado.

O aumento de capital da Mota-Engil, que será votado pelos accionistas em data a designar, "implicará a emissão de novas acções da Mota-Engil com um preço de subscrição não inferior a 2,4814 euros por cada nova acção", um valor que corresponde "ao preço médio ponderado das acções no mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon nos seis meses anteriores ao dia 8 de outubro de 2015 (inclusive)".

Ainda no âmbito desta operação, a construtora informa no mesmo comunicado que "a Mota Gestão e Participações, SGPS, S.A. transmitiu já o compromisso de subscrever um aumento de capital da Mota-Engil que venha a ser deliberado nas condições previstas no parágrafo anterior, predispondo-se a aplicar nessa subscrição um montante equivalente à receita que obtiver com a alienação de acções da Mota-Engil Africa".

A construtora esclarece que a Mota-Engil detém cerca de 82% da Mota-Engil África e "que não pretende alienar acções no contexto da oferta" anunciada este domingo ao mercado com vista à retirada da subsdiária da bolsa holandesa. E acrescenta que a Mota Gestão e Participações, SGPS, S.A. controla 13% do capital social da Mota-Engil África e que "manifestou disponibilidade para alienar as suas acções em troca da contrapartida acima referida".

Em causa está a intenção da construtora de recomprar as acções da Mota-Engil África, sujeita à aprovação dos accionistas, a quem será oferecida a "possibilidade de desinvestimento por meio de uma oferta de aquisição a lançar pela própria Mota-Engil Africa, na qual a empresa oferecerá uma contrapartida de 6,12 euros por acção".

Na base deste pedido, está o valor das acções, que a empresa considera não representar o valor justo: "O nível de 'free float' [acções transacionadas por particulares] permanece limitado, com reduzidos níveis de liquidez e de negociação das acções da Mota-Engil Africa" e, "na opinião do Conselho da Mota-Engil Africa, a cotação das acções deixou de representar o justo valor" da empresa com interesses em África.
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