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Mota-Engil inicia retirada da ME África de bolsa

A Mota-Engil, que este mês anunciou um aumento de capital visando financiar a retirada de bolsa da sua subsidiária africana, informou que a oferta de compra lançada sobre Mota-Engil África começa esta terça-feira, 27 de Outubro.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
26 de Outubro de 2015 às 21:01
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A Mota-Engil deu início ao processo de aquisição de acções da subsidiária africana. A construtora liderada por  Gonçalo Moura Martins (na foto) anunciou em comunicado à CMVM que "o prazo da oferta de aquisição lançada pela própria Mota-Engil África, que decorre no mercado holandês e com sujeição às regras locais aplicáveis", se iniciará esta terça-feira.

 

Nesta operação com vista à retirada da bolsa de Amesterdão da cotada liderada por Gilberto Rodrigues, menos de um ano depois da estreia, a contrapartida é de 6,1235 euros, 5% acima da actual cotação de 5,83 euros.

 

A Mota-Engil anunciou a 11 de Outubro que o seu Conselho de Administração tencionava "solicitar à Euronext Amsterdam NV a exclusão da negociação, no mercado regulado por esta entidade, das acções ordinárias representativas do seu capital social".


Na base deste pedido esteve o valor das acções, que a empresa considerou não representar o valor justo: "O nível de 'free float' [acções transaccionadas por particulares] permanece limitado, com reduzidos níveis de liquidez e de negociação das acções da Mota-Engil Africa" e, "na opinião do Conselho da Mota-Engil África, a cotação das acções deixou de representar o justo valor" da empresa com interesses em África.

Nesse mesmo comunicado, a construtora dava já conta da sua intenção de recomprar estas acções, sujeita à aprovação dos accionistas, a quem será oferecida a "possibilidade de desinvestimento por meio de uma oferta de aquisição a lançar pela própria Mota-Engil Africa, na qual a empresa oferecerá uma contrapartida de 6,12 euros por acção". Um valor bastante abaixo dos 11,50 euros com que começou a negociar há perto de um ano.

O preço, explicaram no mesmo comunicado, baseou-se, "no preço médio ponderado das acções no mercado regulamentado gerido pela Euronext Amsterdam NV nos seis meses anteriores" a 8 de Outubro.

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