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Mota-Engil entra no sector eléctrico no México

O comunicado com o anúncio foi publicado no final do dia em que as acções da construtora chegaram a subir 16%. Mota-Engil terá no México uma capacidade instalada equivalente a 11% do mercado português.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
24 de Outubro de 2015 às 16:46
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A Mota-Engil anunciou na noite de sexta-feira, em comunicado, que chegou a acordo para "construir, manter e explorar centrais de produção de energia eléctrica no México, durante um período de 30 anos", no âmbito da liberalização do mercado neste país, onde passará a deter uma capacidade potencial instalada total de 2.000 MW.

A entrada neste mercado será efectivada através da  Sociedade Generadora Fénix (SGF), uma empresa que é detida em 51% pela Mota-Engil México e o restante capital pelo Sindicato Mexicano de Eletricistas.

Para chegar a esta capacidade instalada de 2.000 MW, que a Mota-Engil diz ser equivalente a 11% do mercado português, a construtora vai construir cinco centrais hídricas, com uma capacidade instalada de 288 MW, dez centrais mini-hídricas com capacidade instalada de, aproximadamente, 20 MW e ainda uma central termoeléctrica, que apesar de estar actualmente desactivada, tem uma capacidade potencial de geração de até 1.700 MW.

Estes projectos prefazem mais de 2.000 MW, embora a Mota-Engil pretenda aumentar a capacidade instalada das centrais hidricas para 400 MW e duplicar a capacidade instalada das mini-hídricas. Quanto ao Complexo Industrial - Central Termoelétrica Ing. Jorge Luque Loyola a Mota afirma que "está prevista a construção de um parque de produção de energia eléctrica em ciclo combinado com uma capacidade de geração de até 1.700 MW".

No comunicado a Mota explica que a "decisão de entrada neste sector é consequência de uma profunda e detalhada análise do potencial de crescimento e das novas dinâmicas do sector de electricidade no México", que foi agora liberalizado depois de "50 anos de monopólio estatal".

A companhia liderda por Gonçalo Moura Martins "assegura uma posição de liderança na abertura do mercado elétrico liberalizado mexicano, com uma capacidade instalada potencial de 2.000 MW, abrindo-se novas perspectivas para poder participar num sector com elevado crescimento".

O comunicado da Mota-Engil foi publicado no final de uma sessão em que as acções da construtora chegaram a disparar mais de 16%, fechando o dia a ganhar 6,5%.

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