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Bruxelas deixa cair multas a fabricantes automóveis e passa cheque de 4 mil milhões
O plano apresentado esta quarta-feira pela Comissão Europeia para o setor automóvel assenta em cinco pilares e tem um valor de cerca de 4 mil milhões de euros. Bruxelas cedeu ainda às pretensões dos fabricantes de veículos e flexibilizou as metas de emissões de dióxido de carbono, com as multa a só poderem surgir em 2028.
Os fabricantes automóveis europeus viram a Comissão Europeia ceder aos seus apelos e flexibilizar as metas para as emissões de dióxido de carbono (CO2) previstas para este ano e ainda anunciar um vasto pacote para o setor, com maior incidência nas baterias e componentes para veículos elétricos, num valor próximo dos quatro mil milhões de euros.
No que respeita às emissões, os construtores automóveis apenas terão de cumprir os objetivos que estavam definidos para este ano na média de emissões dos veículos novos vendidos entre 2025 e 2027, podendo, portanto, falhar esses valores em dois dos anos desde que no terceiro fiquem abaixo o suficiente para que a média seja inferior à fasquia fixada.
Esta era uma das maiores dores de cabeça das fabricantes europeias, que antecipavam pesadas multas por incumprimento, com estimativas que chegavam aos 15 mil milhões de euros para o setor, segundo o CEO da Renault, Luca di Mateo.
Já no que respeita ao plano de apoio ao setor automóvel, Bruxelas definiu cinco pilares e compromete-se com apoios de praticamente quatro mil milhões de euros até 2027.