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Mota-Engil aumenta capital em mais de 44 milhões
A retirada da Mota-Engil África de bolsa vai determinar um aumento de capital superior a 44 milhões de euros por parte da Mota-Engil. Parte deste valor será subscrito pela família Mota.
A Mota-Engil já tinha anunciado a intenção de aumentar o seu capital social para financiar a retirada da unidade africana da bolsa de Amesterdão. Esta quarta-feira, 4 de Novembro, especificou que a operação terá de ser aprovada pelos accionistas no dia 30 de Novembro, altura para a qual foi agendada a assembleia-geral de accionistas, de acordo com o comunicado emitido para o regulador.
Assim, o conselho de administração da Mota-Engil propõe aos seus accionistas que aprovem um aumento de capital de 44,6 milhões de euros, "mediante a emissão de 44.620.546 novas acções, com o valor nominal de 1 euro cada", explica a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto).
Este aumento de capital será repartido. Serão emitidas cerca de 22,7 milhões de novas acções, com os accionistas a terem direito de preferência. E a família Mota, através da Mota Gestão e Participações - Sociedade Gestora de Participações Sociais, garante um máximo de 31,1 milhões de euros, um valor que dá margem de manobra caso a primeira tranche do aumento de capital não seja totalmente subscrita.
As acções que serão subscritas pela família Mota "serão realizadas por conversão do crédito que a MGP detém sobre a Mota-Engil correspondente ao preço de aquisição de 12.604.119 acções da Mota-Engil África, ao preço unitário de 6,1235 euros, na razão de uma nova acção da Mota-Engil por cada 2,4814 euros de crédito sobre a Sociedade, nos termos do contrato de compra e venda celebrado no dia 3 de Novembro de 2015, que expressamente se aprova", adianta a mesma fonte.
No comunicado emitido é ainda explicado que, "caso a subscrição fique incompleta, o aumento ficará limitado às subscrições recolhidas."
Este aumento de capital surge depois da Mota-Engil ter decidido avançar com a retirada da unidade de África de bolsa. O anúncio de retirada da Mota-Engil África de bolsa foi feito a 11 de Outubro, com a casa-mãe a considerar que as acções da unidade "deixaram de representar o justo valor" da empresa.