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Mota-Engil aumenta capital em mais de 44 milhões

A retirada da Mota-Engil África de bolsa vai determinar um aumento de capital superior a 44 milhões de euros por parte da Mota-Engil. Parte deste valor será subscrito pela família Mota.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
05 de Novembro de 2015 às 07:59
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A Mota-Engil já tinha anunciado a intenção de aumentar o seu capital social para financiar a retirada da unidade africana da bolsa de Amesterdão. Esta quarta-feira, 4 de Novembro, especificou que a operação terá de ser aprovada pelos accionistas no dia 30 de Novembro, altura para a qual foi agendada a assembleia-geral de accionistas, de acordo com o comunicado emitido para o regulador.

Assim, o conselho de administração da Mota-Engil propõe aos seus accionistas que aprovem um aumento de capital de 44,6 milhões de euros, "mediante a emissão de 44.620.546 novas acções, com o valor nominal de 1 euro cada", explica a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto).

 

Este aumento de capital será repartido. Serão emitidas cerca de 22,7 milhões de novas acções, com os accionistas a terem direito de preferência. E a família Mota, através da Mota Gestão e Participações - Sociedade Gestora de Participações Sociais, garante um máximo de 31,1 milhões de euros, um valor que dá margem de manobra caso a primeira tranche do aumento de capital não seja totalmente subscrita.

 

As acções que serão subscritas pela família Mota "serão realizadas por conversão do crédito que a MGP detém sobre a Mota-Engil correspondente ao preço de aquisição de 12.604.119 acções da Mota-Engil África, ao preço unitário de 6,1235 euros, na razão de uma nova acção da Mota-Engil por cada 2,4814 euros de crédito sobre a Sociedade, nos termos do contrato de compra e venda celebrado no dia 3 de Novembro de 2015, que expressamente se aprova", adianta a mesma fonte.

 

No comunicado emitido é ainda explicado que, "caso a subscrição fique incompleta, o aumento ficará limitado às subscrições recolhidas."

 

Este aumento de capital surge depois da Mota-Engil ter decidido avançar com a retirada da unidade de África de bolsa. O anúncio de retirada da Mota-Engil África de bolsa foi feito a 11 de Outubro, com a casa-mãe a considerar que as acções da unidade "deixaram de representar o justo valor" da empresa.

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