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Mota-Engil África sai de bolsa a 10 de Dezembro

As acções da subsidiária africana da Mota-Engil serão negociadas na bolsa de Amesterdão pela última vez a 9 de Dezembro, se a assembleia geral extraordinária da construtora assim o aprovar.

A Mota-Engil vai pagar um dividendo de 13 cêntimos por acção, o que corresponde a 5,57% da cotação. A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins vai entregar aos accionistas mais de 30 milhões de euros, o que representa mais de 60% dos lucros obtidos.
Miguel Baltazar/Negócios
12 de Novembro de 2015 às 21:14
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A Euronext Amsterdam aprovou o pedido para exclusão de negociação, no mercado regulamentado por esta entidade, das acções ordinárias representativas do capital social da Mota-Engil África, informou em comunicado a empresa-mãe, liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto).

 

"De acordo com as regras da Euronext, a exclusão de negociação das acções terá lugar no dia 10 de Dezembro de 2015 e 9 de Dezembro de 2015 será o último dia de negociação das acções", refere o mesmo documento.

 

O comunicado ressalva que esta exclusão está ainda sujeita à aprovação, pela assembleia geral extraordinária de accionistas da Mota-Engil África, da autorização para que o conselho de administração da Mota-Engil concretize a recompra de acções pela Mota-Engil África e das condições da oferta de aquisição das acções iniciada pela casa-mãe.

 

A Mota-Engil deu início a 27 de Outubro ao processo de aquisição de acções da subsidiária africana para a excluir de negociação. Isto depois de, no dia 11, a construtora liderada por  Gonçalo Moura Martins ter anunciado que iria proceder um aumento de capital visando financiar a retirada de bolsa da sua subsidiária africana.

 

No passado dia 4 de Novembro, a construtora especificou que a retirada da Mota-Engil África de bolsa vai determinar um aumento de capital superior a 44 milhões de euros por parte da Mota-Engil. A operação terá ainda de ser aprovada pelos accionistas na AG do próximo dia 30 de Novembro.

 

O conselho de administração da Mota-Engil propõe então aos seus accionistas que aprovem um aumento de capital de 44,6 milhões de euros, "mediante a emissão de 44.620.546 novas acções, com o valor nominal de 1 euro cada", explicou a empresa.

 

Relativamente à operação com vista à retirada da bolsa de Amesterdão da cotada liderada por Gilberto Rodrigues, menos de um ano depois da estreia, a contrapartida é de 6,1235 euros. Um valor bastante abaixo dos 11,50 euros com que começou a negociar há perto de um ano.


Na base do pedido de retirada de bolsa da Mota-Engil África esteve o valor das acções, que a empresa considerou não representar o valor justo: "O nível de 'free float' [acções transaccionadas por particulares] permanece limitado, com reduzidos níveis de liquidez e de negociação das acções da Mota-Engil Africa" e, "na opinião do Conselho da Mota-Engil África, a cotação das acções deixou de representar o justo valor" da empresa com interesses em África.

Nesse mesmo comunicado, a construtora dava já conta da sua intenção de recomprar estas acções, sujeita à aprovação dos accionistas, a quem será oferecida a "possibilidade de desinvestimento por meio de uma oferta de aquisição a lançar pela própria Mota-Engil África, na qual a empresa oferecerá uma contrapartida de 6,12 euros por acção".

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