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Stock da Cunha: “Não me compete a mim avaliar idoneidade”

O Novo Banco recebeu apenas uma “única proposta” pelo banco que tinha em Cabo Verde, pelo que acordou a venda com José Veiga, detido pela justiça portuguesa.

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24 de Fevereiro de 2016 às 18:36
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"Não me compete a mim avaliar a idoneidade de um comprador de um banco que não [está] em Portugal". Foi assim que Eduardo Stock da Cunha justificou o acordo de venda do Banco Internacional do Cabo Verde, controlado pelo Novo Banco, a uma sociedade liderada por José Veiga, agora em investigação pela justiça portuguesa.

 

Para o presidente executivo do Novo Banco, o comprador não é residente em Portugal e o banco não existe em Portugal, o que ainda tira mais o peso.

 

Stock da Cunha disse, igualmente, que cumpriu a sua missão: "Assegurar que um activo que não é estratégico e que somos obrigados a vender [seja] vendido em projecto aberto, transparente, competitivo e não discriminatório". Um exemplo era o banco em Cabo Verde.

 

O gestor, que está no Novo Banco através de uma licença sem vencimento do Lloyds, relatou o processo de venda, dizendo que o assessor financeiro identificou 18 investidores que poderiam estar interessados. "11 responderam à chamada, quatro assinaram o acordo de confidencialidade, um apresentou uma proposta não vinculativa", disse Stock da Cunha, acrescentando que apenas um avançou, depois, com uma proposta vinculativa.

 

"Não somos a justiça portuguesa, não somos o regulador português nem somos o regulador de Cabo Verde", frisou ainda o responsável pelo banco herdeiro do BES.  

 

Stock da Cunha também quis frisar que a alienação do Banco Internacional de Cabo Verde não estava fechada, tendo havido apenas a escolha de um comprador de uma operação, que tinha depois de se submeter à avaliação de autoridades, nomeadamente o Banco de Portugal. O regulador da banca optou por cancelar a operação dada a investigação da justiça ao antigo empresário de futebol.

 

O gestor desvalorizou o tema, dizendo que o peso da instituição é de 0,2% do capital alocado pelo Novo Banco, "pelo que, em 250 dias de trabalho, o Banco Internacional de Cabo Verde ocupava uma manhã por ano".

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