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Venda do Novo Banco de Cabo Verde a José Veiga deve ser anulada

As suspeitas da prática de diversos crimes económicos que recaem sobre José Veiga deverão inviabilizar a venda do Novo Banco de Cabo Verde ao empresário. Até porque a operação estará na mira da justiça.

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A venda do Banco Internacional de Cabo Verde, controlado pelo Novo Banco, a José Veiga e a um grupo de investidores luso-africanos deverá ficar sem efeito devido às suspeitas da prática de diversos crimes que recaem sobre o empresário com interesses em vários países de África.

 

Ao que o Negócios apurou, o contrato de promessa de compra e venda da instituição cabo-verdiana já estava assinado, mas a operação ainda não estava concluída, uma vez que faltavam diversas autorizações administrativas, designadamente da autoridade de supervisão local, o Banco de Cabo Verde.

 

Face ao envolvimento de José Veiga na operação "Rota do Atlântico", o negócio, que permitiria ao Novo Banco arrecadar 14 milhões de euros, deverá ficar sem efeito. Isto porque o empresário não deverá cumprir os requisitos de idoneidade necessários para poder concluir o negócio.

 

Recorde-se que o antigo empresário do futebol é suspeito de participação em crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal, segundo o comunicado divulgado pela Procuradoria-Geral da República esta quarta-feira, 3 de Fevereiro.

 

Por outro lado, segundo avançou o Diário Económico, a compra da instituição que o Novo Banco tem em Cabo Verde será uma das operações que está na mira do Ministério Público. Ao ponto de, segundo o jornal, terem sido apreendidos os 11 milhões que José Veiga e os seus sócios já tinham pago ao Novo Banco como sinal pela compra do Banco Internacional de Cabo Verde.

 

Ao que o Negócios apurou, o empresário, que nos últimos anos tem desenvolvido negócios em diversos países africanos – como o Congo, onde tem residência, Cabo Verde, Benin, Nigéria, Togo, Costa do Marfim, Guiné Conacri e Guiné Equatorial –, acompanhou as buscas que os magistrados do Ministério Público e os inspectores da Polícia Judiciária realizaram nas instalações do Novo Banco. José Veiga ficou depois detido, tal como Paulo Santana Lopes, irmão do antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, e uma advogada.
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