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Novo Banco vai relançar venda da operação de Cabo Verde

O Novo Banco vai "desinvestir" no Banco Internacional de Cabo Verde, depois de o Banco de Portugal se ter oposto à venda da operação a José Veiga. Em comunicado, a instituição sublinha que o processo foi "transparente".

17 de Fevereiro de 2016 às 11:37
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O Novo Banco vai relançar a venda do Banco Internacional de Cabo Verde (BICV) depois de o Banco de Portugal ter decidido chumbar a alienação da instituição a José Veiga que, entretanto, foi detido por suspeitas de corrupção no comércio internacional e branqueamento de capitais, entre outros crimes.

 

"O Novo Banco vai continuar a executar os seus trabalhos de reestruturação, onde também se inclui o desinvestimento no BICV", refere o comunicado enviado pela instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha esta quarta-feira, 17 de Fevereiro, às redacções.

 

O banco que herdou os activos saudáveis do BES garante que o processo de venda do BICV que levou à assinatura de um contrato promessa de compra e venda com José Veiga, antigo empresário de futebol e que actualmente tem interesses em vários países africanos, foi promovido "de forma ordenada, transparente e de acordo com um modelo competitivo e não discriminatório".

 

Por outro lado, sublinha o comunicado, "foram contratados assessores financeiros e legais, contactados quase duas dezenas de potenciais compradores, assinados acordos de confidencialidade e considerada a única proposta obtida, de uma forma diligente e para obter o máximo retorno para o Novo Banco".

 

A instituição liderada por Stock da Cunha recorda ainda que o BICV representa apenas 0,2% dos activos do Novo Banco.

 

No início deste ano, o banco de transição fechou um acordo de promessa de compra e venda com José Veiga que se propôs pagar 13,8 milhões de euros pelo Novo Banco de Cabo Verde.

 

No entanto, já depois da assinatura do contrato, o empresário foi detido por suspeitas de corrupção no comércio internacional, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de influência, numa investigação denominada Rota do Atlântico. Este processo terá mesmo levado à apreensão dos 11 milhões de euros que José Veiga teria pago de sinal pela compra do BICV.

 

No âmbito do caso Rota do Atlântico, José Veiga está detido, aguardando julgamento. Além do empresário, são ainda arguidos o seu sócio, Paulo Santana Lopes, e a advogada Maria de Jesus Barbosa.
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