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Buscas no Carregosa à conta de José Veiga

Uma equipa de investigadores entrou na unidade do Banco Carregosa no Porto e quis recolher informações sobre o cliente. O banco respondeu ao pedido. Mas não especifica quem é o cliente. A imprensa fala em José Veiga.

11 de Fevereiro de 2016 às 21:10
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Uma equipa de investigadores judiciais entrou na sede do Banco Carregosa, no Porto, e pediu informações sobre um cliente. O banco não diz que cliente é, apenas adianta que as solicitações foram respondidas. Tudo estará relacionado com José Veiga, o antigo empresário que futebol que ganhou a corrida à instituição financeira que o Novo Banco tem em Cabo Verde. As informações foram avançadas em primeira mão pelo Jornal de Notícias. 

 

Contactada pelo Negócios, a assessoria de imprensa do banco presidido por Cândida Rocha e Silva admite apenas que o pedido de informação foi feito juntamente com um mandato de busca. E a informação pretendida não era relativa ao banco, assegura. Apesar dos deveres de sigilo que a instituição tem de respeitar, o mandato judicial obrigou à divulgação da informação solicitada sobre o cliente. "Os elementos foram respondidos", indicou a mesma fonte. 

 

Quer isto dizer que a equipa (segundo o Jornal de Notícias, composta por elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária) recolheu a informação pretendida sobre o cliente que é José Veiga, detido e sujeito a prisão preventiva enquanto aguarda julgamento.

 

As diligências judiciais foram promovidas no âmbito do processo Rota do Atlântico, que investiga "suspeitas da prática dos crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de influência". A imprensa tem referido que as ligações entre Veiga e altas autoridades do Congo, nomeadamente pelo pagamento de luvas em negócios conseguidos, estão na origem da investigação.

O Banco Carregosa é uma instituição financeira especializada na gestão de património ("private banking").

 
Veiga em prisão preventiva


José Veiga está aguardar julgamento em prisão preventiva. O comprador do Banco Internacional do Cabo Verde (processo que corre o risco de ser anulado), por 14 milhões de euros, é um dos quatro indivíduos constituídos arguidos na investigação Rota do Atlântico. Segundo o jornal Público, as autoridades judiciais investigam como é que foi pago o sinal, na operação de compra do banco, de mais de 10 milhões de euros, já que se encontra na lista de devedores do Fisco.

 

Na última semana, o  Expresso noticiou que há funcionários do banco de Cabo Verde visados pelas suspeitas do Ministério Público, sendo que o Correio da Manhã avança que há mesmo colaboradores do Fundo de Resolução, accionista único do Novo Banco, que também estão sob o olhar da justiça. Em comunicado, o Fundo de Resolução recusa qualquer papel na alienação da unidade

O Banco de Portugal não tem respondido às várias questões do Negócios sobre o tema. 



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