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Nome de Paulo Santana Lopes referido em vários casos judiciais

A imprensa dos últimos anos fez, por várias vezes, referência ao nome de Paulo Santana Lopes, detido esta quarta-feira. Face Oculta, caso BPN, além da falência da Superfute, empresa de José Veiga, também detido.

03 de Fevereiro de 2016 às 16:03
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O nome de Paulo Santana Lopes - que hoje foi detido pela Polícia Judiciária na operação "Rota do Atlântico" – tem surgido publicamente nos últimos anos, no âmbito de vários casos judiciais.


Em Abril de 2009, durante a comissão de inquérito ao Banco Português de Negócios (BPN), José Albano Oliveira, administrador da sociedade imobiliária Marquês de Pombal, revelou que a empresa que liderava tinha comprado a Tetris (uma outra sociedade do mesmo ramo e liderada por Paulo Santana Lopes ) por indicação da Sociedade Lusa de Negócios (SLN).


Cinco anos antes, em 2004, Paulo Santana Lopes surge nas páginas do jornal Público a justificar o facto de as declarações entregues ao Tribunal Constitucional entre 1997 e 2001 pelo irmão, Pedro Santana Lopes, não condizerem com o IRS. Na altura Pedro era primeiro-ministro e o nome de Paulo era referido como tratando da "contabilidade pessoal" do irmão.


Em 2010, o Correio da Manhã noticiava a existência de cheques passados por Manuel Godinho, suspeito no caso "Face Oculta", a Paulo Santana Lopes, referenciados como "movimentos bancários suspeitos". "Tive de facto relações comerciais com Manuel Godinho, talvez entre 2001 e 2002", disse na altura Paulo Santana Lopes, admitindo que os valores dos negócios terão rondado os milhares de euros.


Os nomes de Paulo Santana Lopes e de José Veiga (outro dos detidos esta terça-feira) coincidem um ano antes numa notícia da Lusa de 2009, citada pelo Público, que referia que o gestor tinha comprado a António Pragal Colaço o seu crédito de 16 mil euros na Superfute (empresa de agenciamento na área do futebol detida por José Veiga) e desistido depois do pedido de falência da empresa apresentado pela Pragal Colaço & Associados.

Paulo Santana Lopes, José Veiga e uma advogada portuguesa foram detidos no âmbito de suspeitas de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal.

De acordo com o Correio da Manhã os indícios recolhidos pelas autoridades apontam para a passagem de "dezenas de milhões de euros com origem no Congo" pelas contas dos agora detidos.


Os detidos estavam envolvidos na celebração de contratos de fornecimentos de bens e serviços no âmbito de obras públicas, construção civil e venda de produtos petrolíferos, entre diversas entidades privadas e estatais.

Os rendimentos desta actividade eram canalizados para comprar "imóveis, veículos de gama alta, sociedades não residentes e outros negócios", com recurso a "pessoas com conhecimentos especiais e colocadas em lugares privilegiados", sendo a origem do dinheiro ocultada e integrado na actividade económica lícita.


As autoridades apreenderam vários imóveis, veículos automóveis de gama alta e saldos bancários. Em causa está uma investigação que arrancou há mais de um ano, no final de 2014, motivando operações nas zonas de Lisboa, Braga e Fátima. No total, foram feitas 35 buscas, em que participaram 120 elementos da Polícia Judiciária e 10 magistrados. 

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