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Stock da Cunha diz que Portugal tem de garantir que "é uma pessoa de bem"

"Honrar os seus compromissos". É uma das garantias que Portugal tem de dar, seja com que governo for, segundo o presidente do Novo Banco. Sem comentar a situação do banco, adiantou que se tem de aceitar os prazos de Cavaco com "tranquilidade".

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18 de Novembro de 2015 às 11:04
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"Portugal vai ter de continuar a garantir, junto dos mercados internacionais, que honra os seus compromissos". Foi a primeira frase dita por Eduardo Stock da Cunha, presidente da administração do Novo Banco, após o encontro que manteve com o Presidente da República. Para o banqueiro, é essencial que Portugal mostre "que é uma pessoa de bem".

 

Aos jornalistas, numa declaração transmitida pela TVI 24, Stock da Cunha afirmou que se tem de assegurar que se mantêm "a consolidação e a melhoria da situação externa".

 

Questionado sobre a actual situação política, e o que disse a Cavaco Silva, o presidente do banco herdeiro dos activos considerados saudáveis do Banco Espírito Santo não se quis alongar. Não comentou um eventual governo de gestão nem um governo liderado pelo PS. Nem fez considerações sobre o facto de o país estar sem um executivo: "o senhor Presidente da República sabe bem os prazos de que dispõe". "Acho que nos compete aceitar e respeitar as [suas] opções" e aceitá-las com "a maior das tranquilidades".

 

Stock da Cunha, o segundo banqueiro dos sete que Cavaco Silva vai ouvir esta quarta-feira 18 de Novembro (Nuno Amado já se reuniu, ainda que não tenha feito grandes declarações), tentou também mostrar que o Novo Banco não está numa situação especial. "O Novo Banco continua o seu processo de recuperação. É um banco como qualquer outro banco do sistema financeiro português, que depende da situação da economia portuguesa. Não nos sentimos diferentes de qualquer outro banco".

 

O encontro entre Cavaco Silva e os banqueiros ocorre num momento em que a banca continua a enfrentar vários desafios. Um deles é o Novo Banco, detido pelo Fundo de Resolução (para o qual todos os bancos contribuem), e a sua nova fase de venda (já que o primeiro concurso internacional falhou). Aliás, o banco conheceu no sábado passado os resultados do teste de stress do Banco Central Europeu, em que foram detectadas necessidades de capital de quase 1,4 mil milhões de euros.

 

"A privatização do banco tem que ver com o Novo Banco e [a conversa] com o Presidente da República era outra", declarou ainda o banqueiro, que não comentou o encontro com António Costa, que teve esta semana, tal como outros presidentes das maiores instituições financeiras do país. 

Os encontros de Cavaco Silva na quarta-feira

09:00 Presidente Executivo do Millennium BCP – Nuno Amado

10:00 Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco – Eduardo Stock da Cunha

11:00 Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI – Fernando Ulrich

12:00 Presidente da Comissão Executiva do Santander Totta – António Vieira Monteiro

15:00 Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos – José de Matos

16:00 Presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Económica Montepio Geral – José Félix Morgado

17:00 Presidente da Associação Portuguesa de Bancos – Fernando Faria de Oliveira

 

 

 

 

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