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Ulrich: "Confio no Dr. António Costa" e no seu "sentido de responsabilidade"

O importante, na óptica do presidente do BPI, é que haja responsabilidade para "manter o país num caminho de rigor". Com elogios a Passos Coelho, esclarece que também confia num governo liderado pelo PS que mantenha o rigor.

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18 de Novembro de 2015 às 12:35
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"Se, porventura, o Dr. António Costa for indigitado para ser o próximo primeiro-ministro (não faço a menor ideia do que vai acontecer), eu, pessoalmente, confio no Dr. António Costa e no PS e [confio] que terão o sentido de responsabilidade necessário para manter o país num caminho de rigor". A declaração foi feita por Fernando Ulrich, o presidente do BPI que já havia dito publicamente que votou em Pedro Passos Coelho e no PSD.

 

Para Ulrich, o importante é manter o "rigor" e que o próximo executivo faça com que seja "possível continuar a melhorar de forma gradual e sustentável as condições de vida dos portugueses", segundo disse aos jornalistas após o encontro com o Presidente da República, de acordo com declarações transmitidas pela Antena 1. O banqueiro tem defendido que, nos últimos anos, os portugueses conseguiram registar melhoria das suas condições.

"É indiscutível que o país está hoje numa situação, que é exigente, mas que é muito mais tranquila do que aquela que tínhamos quando o Governo do Dr. Passos Coelho tomou posse. A melhoria da situação deve-se ao esforço enorme que a generalidade dos portugueses fez ao longo dos últimos quatro anos, num caminho liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho". 

Tal como Nuno Amado, Fernando Ulrich não fez grandes comentários sobre o encontro com Cavaco Silva nem respondeu às perguntas feitas pelos jornalistas, não comentando qual a sua solução governante preferida. 

 

No final de Outubro, na apresentação de resultados do BPI, Ulrich já tinha declarado que "é saudável para a democracia", que uma nova parte da população estivesse representada num executivo caso um governo liderado pelo PS, e apoiado pelo BE, PCP e PEV, fosse indigitado por Cavaco. "Encaro o que se está a passar com tranquilidade e normalidade", declarou, então.

 

Fernando Ulrich foi o terceiro banqueiro a ser auscultado por Cavaco Silva, depois das reuniões que o Presidente da República teve com Nuno Amado e Eduardo Stock da Cunha. O encontro entre o Chefe de Estado e os banqueiros ocorre num momento em que a banca continua a enfrentar vários desafios. Um deles é o Novo Banco, detido pelo Fundo de Resolução (para o qual todos os bancos contribuem), e a sua nova fase de venda (já que o primeiro concurso internacional falhou).

 

Cavaco Silva está a ouvir várias personalidades num momento em que ainda não decidiu o que fazer depois de a Assembleia da República ter chumbado o programa do Executivo anteriormente indigitado, liderado por Pedro Passos Coelho. O Chefe de Estado já ouviu associações e parceiros sociais e quer ouvir mais personalidades, como representantes da banca, antes de chamar os partidos, o que é obrigado a fazer antes de indigitar um novo primeiro-ministro. Neste momento, não se sabe se haverá um governo de gestão ou um liderado pelo PS - a única certeza é que a Assembleia da República não pode ser dissolvida pelo Presidente da República, dado que este tem os poderes esvaziados devido às eleições presidenciais de Janeiro. 

 

Tal como os responsáveis dos principais bancos portugueses, Ulrich também esteve, nos últimos dias, reunido num almoço com António Costa e Mário Centeno, o secretário-geral socialista, que quer ser líder de um Executivo, e o dado como provável seu ministro das Finanças. 

Os encontros de Cavaco Silva na quarta-feira

09:00 Presidente Executivo do Millennium BCP – Nuno Amado

10:00 Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco – Eduardo Stock da Cunha

11:00 Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI – Fernando Ulrich

12:00 Presidente da Comissão Executiva do Santander Totta – António Vieira Monteiro

15:00 Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos – José de Matos

16:00 Presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Económica Montepio Geral – José Félix Morgado

17:00 Presidente da Associação Portuguesa de Bancos – Fernando Faria de Oliveira

 (Notícia actualizada com mais informações pelas 12h43)

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