Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Associação de bancos defende que próximo governo tem de ter "capacidade de acção"

"Independentemente da solução governativa que vier a sua adoptada", a banca vai ajudar à criação de riqueza, promete Faria de Oliveira. O importante é criar condições, também, para que os bancos fiquem "fortes".

A carregar o vídeo ...
18 de Novembro de 2015 às 18:29
  • 3
  • ...

"Todos os portugueses desejarão que o próximo governo tenha capacidade de acção estratégia, muita lucidez e grande realismo". O desejo foi deixado por Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), na última das sete audiências que o Presidente da República teve esta quarta-feira, 18 de Novembro, com responsáveis do sector financeiro.

 

Para Faria de Oliveira, que já foi líder da CGD, "é fundamental desde logo criar um clima de confiança e de segurança junto dos cidadãos e dos mercados, quer dos mercados financeiros quer dos mercados políticos".

 

O líder da APB foi o representante do sector que mais tempo esteve a falar com os jornalistas após o encontro com Cavaco, ainda que tenha repetido algumas das ideias anteriormente deixadas: "é muito importante que se prossiga uma garantia de cumprimento dos nossos compromissos internacionais, europeus e outros". Além disso, deve-se manter "o rigor das contas públicas" e a "trajectória de crescimento económico".

 

"Precisamos de bancos fortes"

Faria de Oliveira acredita que para haver riqueza é necessário investimento e, para isso, os bancos têm de ter robustez. "Precisamos de bancos fortes".

Sobre o passado, o líder da APB declarou que o "sistema bancário foi fortemente afectado" nos últimos anos e que tem feito "um grande esforço e um grande trabalho de ajustamento, de recuperação". Há "resultados visíveis" mas o trabalho "tem de ser prosseguido".

"Posso dizer que o sistema bancário português estará naturalmente comprometido e empenhado fortemente em apoiar o progresso do nosso país", declarou. Um apoio às empresas prometido por Faria de Oliveira "independentemente da solução governativa que vier a sua adoptada".

O presidente da APB foi auscultado por Cavaco Silva depois das seis reuniões que o Presidente da República teve com os banqueiros: Nuno AmadoEduardo Stock da CunhaFernando UlrichAntónio Vieira MonteiroJosé de Matos e ainda José Félix Morgado. O encontro entre o Chefe de Estado e os banqueiros ocorre num momento em que a banca continua a enfrentar vários desafios. Um deles é o Novo Banco, detido pelo Fundo de Resolução (para o qual todos os bancos contribuem), e a sua nova fase de venda (já que o primeiro concurso internacional falhou).

 

Cavaco Silva está a ouvir várias personalidades num momento em que ainda não decidiu o que fazer depois de a Assembleia da República ter chumbado o programa do Executivo anteriormente indigitado, liderado por Pedro Passos Coelho. O Chefe de Estado já ouviu associações e parceiros sociais e quer ouvir mais personalidades, como representantes da banca, antes de chamar os partidos, o que é obrigado a fazer antes de indigitar um novo primeiro-ministro.

Neste momento, não se sabe se haverá um governo de gestão ou um liderado pelo PS - a única certeza é que a Assembleia da República não pode ser dissolvida pelo Presidente da República, dado que este tem os poderes limitados devido às eleições presidenciais de Janeiro. 

Ver comentários
Saber mais Fernando Faria de Oliveira Associação Portuguesa de Bancos Presidente da República APB
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio