Notícia
Presidente da CGD disse a Cavaco que é preciso "salvaguardar condições de estabilidade"
José de Matos foi chamado pelo Presidente da República mas recusou-se a dizer o que falou com o Chefe de Estado. Numa declaração de 30 segundos, mencionou duas vezes a palavra "estabilidade".
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"Estabilidade". Seja financeira ou macroeconómica, é aquilo que José de Matos tem a revelar sobre o que disse a Cavaco Silva, na audiência que teve com o Chefe de Estado enquanto presidente da Caixa Geral de Depósitos.
"Tive oportunidade de falar com o Sr. Presidente da República sobre a situação do sistema financeiro e, em particular, sob a perspectiva da CGD", disse o próprio, sem muito adiantar sobre o que falou com Cavaco Silva.
José de Matos apenas referiu "que é importante salvaguardar as condições de estabilidade do sistema financeiro e a estabilidade macroeconómica para o país", segundo a Lusa.
Tal como outros responsáveis de bancos, o presidente do banco público começou por dizer que não iria responder às perguntas dos jornalistas sobre o encontro: não se sabendo, portanto, se tem preferências face a um Governo de gestão ou a um Executivo liderado pelo PS, e apoiado pelo Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes.
José de Matos foi o quinto banqueiro a ser auscultado por Cavaco Silva, depois das reuniões que o Presidente da República teve com Nuno Amado, Eduardo Stock da Cunha, Fernando Ulrich e António Vieira Monteiro. O encontro entre o Chefe de Estado e os banqueiros ocorre num momento em que a banca continua a enfrentar vários desafios. Um deles é o Novo Banco, detido pelo Fundo de Resolução (para o qual todos os bancos contribuem), e a sua nova fase de venda (já que o primeiro concurso internacional falhou).
Cavaco Silva está a ouvir várias personalidades num momento em que ainda não decidiu o que fazer depois de a Assembleia da República ter chumbado o programa do Executivo anteriormente indigitado, liderado por Pedro Passos Coelho. O Chefe de Estado já ouviu associações e parceiros sociais e quer ouvir mais personalidades, como representantes da banca, antes de chamar os partidos, o que é obrigado a fazer antes de indigitar um novo primeiro-ministro.
Neste momento, não se sabe se haverá um governo de gestão ou um liderado pelo PS - a única certeza é que a Assembleia da República não pode ser dissolvida pelo Presidente da República, dado que este tem os poderes limitados devido às eleições presidenciais de Janeiro.
09:00 Presidente Executivo do Millennium BCP – Nuno Amado
10:00 Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco – Eduardo Stock da Cunha
11:00 Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI – Fernando Ulrich
12:00 Presidente da Comissão Executiva do Santander Totta – António Vieira Monteiro
15:00 Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos – José de Matos
16:00 Presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Económica Montepio Geral – José Félix Morgado
17:00 Presidente da Associação Portuguesa de Bancos – Fernando Faria de Oliveira