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Presidente do Montepio teme "retrocesso" e pede respeito por compromissos

Honrar o Tratado Orçamental é essencial, defende José Félix Morgado. Só isso permitirá, diz, que continuem as reformas estruturais. "Esse é um tema que nos preocupa", admite o presidente da Caixa Económica Montepio Geral.

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18 de Novembro de 2015 às 17:23
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José Félix Morgado quer que o novo Governo, independentemente da cor política, respeite os compromissos internacionais, nomeadamente as regras orçamentais. É uma forma de manter as "reformas estruturais", disse a Cavaco Silva, numa altura em que o Chefe de Estado ainda não se decidiu sobre se vai nomear um governo de gestão, do PSD, ou um executivo liderado pelo PS. 

 

"Tive oportunidade de transmitir ao Sr. Presidente o quão importante é o papel da banca para a economia e também que o interesse nacional implica, de facto, o honrar dos compromissos que assumimos em termos internacionais, nomeadamente o Tratado Orçamental que é o pilar chave e que assegurará, com certeza, quer a consolidação das finanças públicas, quer a redução do défice e da dívida pública, que são importantes", assinalou o presidente executivo da Caixa Económica Montepio Geral.

 

Para José Félix Morgado, só com esse respeito é que se "conseguirá assegurar um quadro de investimento e de confiança dos investidores que é necessário para a criação de emprego e para se continuarem as reformas estruturais".

 

No Palácio de Belém, em declarações aos jornalistas, Félix Morgado disse temer alguns retrocessos caso haja instabilidade. "Esse é um tema que nos preocupa. Nós somos o banco da economia social e, portanto, preocupa-nos os impactos sociais que um clima de instabilidade e de retrocesso pode ter".

 

Félix Morgado foi o sexto banqueiro a ser ouvido por Cavaco Silva, depois das reuniões que o Presidente da República teve com Nuno AmadoEduardo Stock da CunhaFernando UlrichAntónio Vieira Monteiro e José de Matos. O encontro entre o Chefe de Estado e os banqueiros ocorre num momento em que a banca continua a enfrentar vários desafios. Um deles é o Novo Banco, detido pelo Fundo de Resolução (para o qual todos os bancos contribuem), e a sua nova fase de venda (já que o primeiro concurso internacional falhou).

 

Cavaco Silva está a ouvir várias personalidades num momento em que ainda não decidiu o que fazer depois de a Assembleia da República ter chumbado o programa do Executivo anteriormente indigitado, liderado por Pedro Passos Coelho. O Chefe de Estado já ouviu associações e parceiros sociais e quer ouvir mais personalidades, como representantes da banca, antes de chamar os partidos, o que é obrigado a fazer antes de indigitar um novo primeiro-ministro.

Neste momento, não se sabe se haverá um governo de gestão ou um liderado pelo PS - a única certeza é que a Assembleia da República não pode ser dissolvida pelo Presidente da República, dado que este tem os poderes limitados devido às eleições presidenciais de Janeiro. 

Os encontros de Cavaco Silva na quarta-feira

09:00 Presidente Executivo do Millennium BCP – Nuno Amado

10:00 Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco – Eduardo Stock da Cunha

11:00 Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI – Fernando Ulrich

12:00 Presidente da Comissão Executiva do Santander Totta – António Vieira Monteiro

15:00 Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos – José de Matos

16:00 Presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Económica Montepio Geral – José Félix Morgado

17:00 Presidente da Associação Portuguesa de Bancos – Fernando Faria de Oliveira

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