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Parlamento acusa gestão de Stock da Cunha de falta de colaboração

No dia em que Carlos Costa foi falar ao Parlamento sobre os despedimentos no Novo Banco, o presidente da comissão de Trabalho agradeceu a cooperação do Banco de Portugal e voltou a criticar a liderança do Novo Banco.

Miguel Baltazar
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O presidente da comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social voltou a acusar a gestão de Eduardo Stock da Cunha de não ser cooperante com o Parlamento no esclarecimento do despedimento colectivo no Novo Banco.

 

No arranque da audição do governador do Banco de Portugal esta sexta-feira 6 de Maio, Feliciano Barreiras Duarte, deputado social-democrata que preside à comissão de Trabalho que está a averiguar os despedimentos, elogiou a postura de Carlos Costa que, disse, desde o primeiro momento, está disponível para dar esclarecimentos.

 

"O mesmo não sucedeu com a administração do Novo Banco na relação que teve connosco durante o período de tempo em que temos procurado, de forma bastante construtiva, [averiguar] uma matéria que [o Parlamento] reputa de importante", declarou Barreiras Duarte esta sexta-feira.

 

Já antes o deputado do PSD tinha lançado farpas à administração do Novo Banco, nomeadamente quando esta demorou a responder em Março quando foi contactada para explicar aquele que, na altura, era apenas um eventual despedimento colectivo – na altura, Feliciano Barreiras Duarte chegou mesmo a dizer que Stock da Cunha "não percebeu muito bem" que estava a lidar com um órgão de soberania.

 

Eliminar mil postos de trabalho, cortando 150 milhões de euros em custos, foi o compromisso assumido pelo Novo Banco junto da Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia devido à injecção de dinheiros públicos aquando da sua constituição, a 3 de Agosto de 2014. Desde o final do ano passado que a entidade sob o comando de Eduardo Stock da Cunha tem vindo a diminuir o quadro, com reformas antecipadas e saídas naturais sem que o número chegasse aos mil trabalhadores pretendidos.

 

Daí que o banco tenha colocado em cima da mesa um despedimento colectivo de 500 trabalhadores mas acabou por avançar, primeiro, para um processo de rescisões amigáveis. Só que nem todos os visados aceitaram – o Negócios noticiou que são cerca de 100 e o Novo Banco já confirmou – e estes serão agora alvo de um despedimento colectivo. Mas mesmo antes deste processo, os funcionários foram contactados pelo banco para não comparecerem ao serviço até 31 de Maio, estando impedidos de aceder ao local de trabalho.

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