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O que disse José Almaça na terceira audição ao inquérito ao BES e GES?

As operações de financiamento comprometedoras da Tranquilidade, o valor da Tranquilidade, a venda da Tranquilidade. Foram estes os temas da audição do regulador dos seguros José Almaça. Também se falou de uma demissão do BES Vida.

Bruno Simão/Negócios
18 de Novembro de 2014 às 14:33
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Arrancou pouco depois das 9h, terminou já passava das 12h30. Três horas e meia em que a Tranquilidade, do antigo Grupo Espírito Santo, concentrou as atenções.

 

E começou-se a confirmar que foram investidos 150 milhões de euros por parte da Tranquilidade em sociedades do Grupo Espírito Santo. Até Março, tudo estava bem na seguradora. Mas depois vieram estes investimentos no GES. Operações que, de acordo com José Almaça, "comprometeram" a seguradora.

 

A dificuldade em vender, uma necessidade imperativa para que a seguradora pudesse ser capitalizada após os investimentos em sociedades do GES, colocou em causa a autorização dada à seguradora para continuar a operar.

 

Mas conseguiu-se que o processo de alienação da empresa seguisse em frente - mantendo, assim, a empresa. Havia vários interessados. A oferta da norte-americana Apollo foi a única vinculativa. A da Zurich ficou para trás porque se ficou por uma carta de intenções.  

 

O acordo de compra da Apollo prevê um negócio de 215 milhões de euros. Cerca de 50 milhões são pagos directamente ao Novo Banco (que passou a ser o detentor da seguradora após a resolução de 3 de Agosto), sendo o restante utilizado para capitalizar a Tranquilidade. Um valor muito abaixo dos 700 milhões de euros que o Banco de Portugal aceitou como garantia de um crédito do Espírito Santo Financial Group ao BES. Um montante que, segundo Almaça, "nunca" seria real.

 

Neste momento, o Instituto de Seguros de Portugal tem em cima da mesa o pedido de não oposição a esta operação.

 

Concluir a venda é a prioridade do regulador, de forma a manter a Tranquilidade a funcionar. É por isso que o processo de averiguação das responsabilidades está ainda a ser feito.

 

A malha mais apertada que o ISP diz ter montado permitiu que, entretanto, um administrador do BES-Vida se tenha demitido quando tentou fazer uma operação de financiamento ao BES (ainda antes da resolução).  

 

Entretanto, a crise do GES não teve um impacto significativo nem na Tranquilidade nem na BES-Vida ou BES-Seguros, que hoje pertencem ao Novo Banco. 

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