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Ex-CEO do Banif diz que representante do Estado tinha poder de veto

"O Estado teve sempre dois representantes no Banif, nos órgãos de administração e fiscalização", defendeu Jorge Tomé na comissão de inquérito ao Banif. 

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Março de 2016 às 16:04
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O administrador que representava o Estado na comissão executiva do Banif, após a injecção estatal de 1,1 mil milhões de euros em 2013, podia impedir – e impediu – várias decisões tomadas pela gestão de topo do banco, defendeu Jorge Tomé, o presidente da comissão executiva entre 2012 e 2015.

 

"Assistia a todas as reuniões da comissão executiva, discutia os assuntos e pontos agendados e não houve, nem podia haver, nenhum assunto aprovado pela comissão executiva [contra] o administrador do Estado", disse o ex-CEO do banco na audição desta terça-feira, 29 de Março, na comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

 

"Na prática, o administrador do Estado acabava por ter um direito de veto e exerceu-o algumas vezes", de acordo com Jorge Tomé. O representante "tinha 100% do seu tempo dedicado ao Banif e era também o presidente da comissão de auditoria".

 

Aos deputados, na sua declaração inicial, o antigo administrador da CGD (de onde transitou para o Banif) quis esclarecer que "o Estado teve sempre dois representantes no Banif, nos órgãos de administração e fiscalização".

 

Um dos representantes foi António Varela que, em 2014, foi para administrador do Banco de Portugal.

 

Jorge Tomé foi a segunda personalidade a ser ouvida na comissão de inquérito ao Banif. Aí, o antigo líder do banco fundado por Horácio Roque disse que todos os planos de reestruturação apresentados a Bruxelas foram sempre aprovados pelo Banco de Portugal e pelo Ministério das Finanças - o mesmo disse sobre a injecção de capital decidida em 2013. 

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