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Antigo CEO acusa Bruxelas de querer reduzir Banif a um quinto

O Banif tinha activos avaliados em 15 mil milhões de euros. A Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia queria activos na ordem dos 3 mil milhões. O que deixa dúvidas de viabilidade a Jorge Tomé.

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29 de Março de 2016 às 16:17
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Na sua audição na comissão de inquérito ao Banif, o antigo presidente executivo Jorge Tomé acusou a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia de não negociar. E atacou, também, o seu plano.  


"A Direcção-Geral da Concorrência fez uma declaração de princípio dizendo que o Banif tinha de ser reduzido ao banco das ilhas. O Banif tinha um balanço da ordem dos 15 mil milhões de activos", começou por explanar Jorge Tomé na audição desta terça-feira, 29 de Março.  


Para ficar reduzido aos arquipélagos da Madeira e Açores, o banco teria "um balanço de 3 mil milhões de euros". Ou seja, diminuído a um quinto do tamanho original, para compensar a injecção de 1,1 mil milhões de euros no arranque de 2013.  


É por isso que Jorge Tomé lança uma pergunta. "Como é que um banco com activos de 3 mil milhões de euros podia devolver 1,1 mil milhões de euros ao Estado?", questionou-se, na sua intervenção inicial.  


"Uma equação que rapidamente se transforma numa inequação", ataca Jorge Tomé.


Na sua intervenção inicial, o antigo administrador defendeu que tinha um plano definido para reembolsar os 1,1 mil milhões (700 mil milhões em acções e 400 milhões em instrumentos híbridos) mas que, em 2014, a resolução do Banco Espírito Santo e a mudança de equipa de comissários de Bruxelas (com a subida de Jean-Claude Juncker e alterações na própria Direcção-Geral da Concorrência) impediu a devolução.  


A colocação destes 1,1 mil milhões de euros aconteceu em Janeiro de 2013 mas o banco não foi capaz de pagar parte da ajuda na data marcada. Contudo, em Dezembro de 2015, o banco foi intervencionado, com a injecção de 2.255 milhões de euros adicionais, e venda da principal actividade ao Santander Totta.

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