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"Peço desculpa, mas o Banif não estava falido"

Joaquim Marques dos Santos defende que o Banif precisava de 400 milhões de euros em capital, conforme detectado pela auditoria da PwC em 2011 e 2012, mas não estava falido. 

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29 de Março de 2016 às 12:24
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O antigo presidente do Banif, Joaquim Marques dos Santos, defende que não havia problemas de sustentabilidade naquela instituição financeira.

 

"A viabilidade do banco nunca esteve em causa", declarou Marques dos Santos, na audição desta terça-feira, 29 de Março, da comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

 

O que havia era um problema transitório, confirmou o líder do banco até 2012, à deputada centrista Cecília Meireles. No início desse ano, a auditora PwC detectou necessidades de capital de 400 milhões de euros (na sequência das análises feitas após a entrada da troika em Portugal) mas, no final do ano, a injecção de dinheiro do Estado foi de 1,1 mil milhões.

 

O porquê da diferença entre os valores, Joaquim Marques dos Santos não soube explicar. Mas, ao deputado do PCP Miguel Tiago, o gestor deixou uma certeza: "Peço desculpa, mas o banco não estava falido". "O banco foi devidamente esventrado e identificadas todas as situações", disse sobre a auditoria da PwC.

 

O deputado comunista criticou a distribuição de dividendos feito pelo banco quando estava com dificuldades mas Marques dos Santos defende que, "se tem resultados, [a instituição] tem de distribuir dividendos".

 

Na audição, Joaquim Marques dos Santos afastou quaisquer responsabilidades após 2012, quando deixou de presidir à administração do banco, dizendo que só teve acesso a informações sobre o banco pela comunicação social. Por esse motivo, não soube explicar o motivo pelo qual havia necessidades de capital de 400 milhões de euros no início de 2012 (detectadas na análise feita pela PwC por ordem da troika) e, no final do ano, a injecção feita pelo Estado ter sido de 1,1 mil milhões. A análise feita pela PwC foi determinada pelo Banco de Portugal, segundo disse o antigo gestor à deputada centrista Cecília Meireles. 

 

Marques dos Santos foi a primeira personalidade a ser ouvida na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, banco que recebeu uma injecção de 1,1 mil milhões de euros estatais em 2013 e, dois anos depois, foi alvo de uma medida de resolução, que custou mais 2.255 milhões de euros públicos e implicou a sua venda por 150 milhões ao Santander Totta.

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