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Comissão diz que venda em resolução foi a melhor saída para o Popular

Bruxelas diz que a medida de resolução aplicada ao banco espanhol não envolveu ajudas de Estado e que será submetida às regras normais de fusões e regulação.

A vida do seu 'amigo Mário' Soares confunde-se 'com episódios marcantes do processo de construção da União Europeia' e que a Europa perde um pouco de si, salientou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. A vida de Mário Soares, disse Juncker, em comunicado, 'confunde-se com a história recente de Portugal e com episódios marcantes do processo de construção da União Europeia'.
Para Juncker, Soares foi 'orgulhosamente português' e 'orgulhosamente europeu', destacando ainda que 'com o seu desaparecimento, Portugal e a Europa perdem um pouco de si'. Numa nota pessoal, Juncker destacou também que 'o meu amigo Mário nunca virou a cara à luta e às responsabilidades de um democrata'. 
O presidente da Comissão Europeia destacou, também, 'a resistência à ditadura e a luta determinada por uma transição do seu país para a democracia', considerando Soares 'símbolo e artífice deste processo'. 'Mário Soares contribuiu para tornar irreversível um processo de democratização que alastraria pelo Sul da Europa e que colocou Portugal, mas também Espanha e Grécia, no caminho da adesão ao projecto europeu, âncora desses valores democráticos', considerou. 'A vida de Mário Soares deixa-nos na altura em que celebramos os 30 anos da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia onde, sem surpresa, é o seu nome que consta do tratado de adesão', escreveu.
07 de Junho de 2017 às 08:30
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A Comissão Europeia considera que a medida de resolução aplicada ao Banco Popular através da venda por um euro da instituição ao Santander "foi o melhor procedimento para garantir a continuidade das funções importantes levadas a cabo pelo banco e para evitar efeitos adversos significativos na estabilidade financeira." 

Num comunicado, o executivo liderado por Jean-Claude Juncker (na foto) adianta que, neste caso específico, "as perdas foram totalmente absorvidas pelas acções e dívida subordinada" e que não houve intervenção de dinheiros públicos via ajudas de Estado.

A Comissão aprovou assim a solução de venda ao Santander, uma "instituição financeira sólida", baseada na proposta de resolução apresentada pelo Conselho Único de Resolução. E refere que a opção por esta saída não causa sobressaltos à economia nem aos depositantes ou às suas poupanças.

"A Comissão apoiou a resolução porque as condições foram alcançadas: o banco não era viável, não havia soluções privadas além da resolução e não havia acções de supervisão que pudessem impedir a sua queda," justifica a Comissão. 

A transacção será ainda submetida a uma avaliação normal do ponto de vista da regulação e das operações de fusão, garante o executivo comunitário.

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