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BPI: Compra do Popular é "positiva" para os accionistas do Santander  

Os analistas do BPI concluíram que a integração do Popular vai aumentar o lucro por acção do Santander em 2%, o que se situa abaixo dos 3% indicados pelo banco liderado por Ana Botín.

Reuters
07 de Junho de 2017 às 13:01
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Na análise à aquisição do Popular pelo Santander, a unidade de "research" do BPI conclui que a operação tem um impacto positivo para os accionistas do banco liderado por Ana Botín, apesar de ser expectável uma pressão inicial nas acções devido ao aumento de capital.

 

O Santander anunciou a aquisição do Popular por um euro, após a resolução do banco espanhol de menor dimensão, sendo que para financiar a operação vai realizar um aumento de capital de 7 mil milhões de euros. 

 

"É um negócio positivo para o Santander. Apesar do aumento de capital poder exercer alguma pressão negativa nas acções ao longo das próximas semanas, a operação adiciona valor para os accionistas do Santander", referem os analistas do BPI numa nota de "research" publicada esta manhã. O banco de investimento assinala que o retorno do capital investido (ROIC na sigla em inglês) é de 13%, superior ao custo do capital (CoE na sigla em inglês), que se situa nos 10%.

 

Além disso, "o risco parece devidamente mitigado devido às provisões que vão ser constituídas para cobrir o crédito malparado do Popular, o que facilita a eliminação desse portfolio de activos com um baixo risco de execução", acrescenta o BPI.

 

Do ponto de vista estratégico, o BPI nota que a aquisição do Popular permite ao Santander elevar a sua quota de mercado em Espanha para 20% (créditos) face aos anteriores 12%, sendo que no segmento das PME a quota vai ascender aos 25%. Em Portugal a quota do banco espanhol subirá 2,5 pontos percentuais, para 17,5%.

 

Tendo em conta as previsões que tinha para o Popular, o BPI conclui que a integração deste banco vai aumentar o lucro por acção do Santander em 2%, o que se situa abaixo dos 3% indicados pelo banco liderado por Ana Botín. Nas contas ao negócio, o BPI calcula um montante de 2,6 mil milhões de euros em sinergias líquidas de custos de reestruturação e impostos.  

 

Na bolsa espanhola, o Santander cai mais de 1%, aliviando de perdas que já superaram os 3%, depois de ter sido anunciada a aquisição do Banco Popular por um euro no âmbito de uma medida de resolução.

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