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Governo espanhol considera venda do Banco Popular ao Santander "uma boa saída"

A resolução aplicada ao Banco Popular, com venda ao Santander por 1 euro, "foi levada a cabo sem a utilização de recursos públicos e sem que tenha produzido um eventual contágio soberano e bancário", declarou o ministro da Economia, Luis de Guindos.

Costa diz que saída do holandês 'é uma questão de tempo'  e admite apoiar De Guindos - Em entrevista ao El País, António Costa não pede mais a demissão, afirma que a saída de Dijsselbloem do Eurogrupo 'é uma questão de tempo' (no máximo, concluirá o segundo mandato, em Janeiro de 2018) e admite apoiar Luis de Guindos, caso o ministro espanhol avance. O  Público fala em 'cortina de fumo': nota que o Madrid quer Guindos na vice-presidência do BCE e escreve que o Governo português ainda não recusou definitivamente a ideia de enviar Centeno para o Eurogrupo. Está à espera de evoluções na frente externa, designadamente do novo governo holandês e das eleições alemãs (Setembro).
07 de Junho de 2017 às 09:17
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O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, afirmou esta quarta-feira que a compra de 100% do Banco Popular por 1 euro pelo Santander é uma "boa saída para a entidade" e dispensa a "utilização de recursos públicos".

 

"É uma boa saída para a entidade, dada a situação a que havia chegado nas últimas semanas, e que implica a máxima protecção dos depositantes e a continuidade da actividade", destacou o ministro em declarações aos meios de comunicação social.

 

A operação, assinalou, "foi levada a cabo sem a utilização de recursos públicos e sem que tenha produzido um eventual contágio soberano e bancário, com o ocorreu em épocas passadas".

 

"A actual situação é muito diferente do que se passou em 2012, devido à boa saúde do conjunto do sector financeiro e da economia espanhola em geral", concluiu.

"Total transparência"

 

De Guindos disse ainda que a "decisão foi tomada com total transparência e cumprimento estrito da norma comunitária".

 

O Banco Santander anunciou a aquisição de 100% de Banco Popular por um euro no âmbito de uma medida de resolução, após o Banco Central Europeu ter constatado a inviabilidade da instituição de forma independente e a fim de garantir a segurança dos depositantes do Popular. 

 

Em comunicados separados, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB) e o próprio Santander indicam que a compra ocorre depois de um processo competitivo de venda organizado "no âmbito de uma medida de resolução", adotado pelo Conselho Único de Resolução europeu e executado pelo FROB.

 

Com esta decisão garante-se "a segurança dos depositantes do Banco Popular e a ausência de impacto para as finanças públicas" espanholas.

 

Como parte da operação, o Santander tem previsto realizar um aumento de capital de aproximadamente 7.000 milhões de euros, "que cobrirá o capital e as provisões necessárias para reforçar o balanço do Banco Popular", segundo um comunicado enviado à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV).

 

A aquisição do Banco Popular faz com que o Banco Santander se torne no maior banco em Espanha.

 

A transacção tem lugar depois de aquela entidade, cujas contas estão muito sobrecarregadas pelos activos imobiliários, ter perdido em bolsa mais de 50% do seu valor nos últimos dias e "sofrido uma significativa deterioração na sua posição de liquidez", segundo explica o Banco Central Europeu (BCE).

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