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BPI: Marcelo lamenta falta de acordo apesar dos esforços do Governo e de Belém

O Presidente diz ter "pena" de não haver acordo entre Isabel dos Santos e o CaixaBank para redução da exposição do BPI a Angola. “Não é possível impor o acordo quando ele aparentemente está fechado e depois falha”, lamenta.

Bruno Simão
18 de Abril de 2016 às 16:18
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamenta que tenha falhado o acordo entre a empresária angolana Isabel dos Santos e os espanhóis do CaixaBank, isto apesar "do esforço do Governo e do Presidente da República".

 

Durante a visita desta segunda-feira, 18 de Abril, à Escola José Gomes Ferreira, em Lisboa, Marcelo disse aos jornalistas presentes que ainda assim neste momento o importante passa por "evitar consequências indesejáveis no sistema financeiro português".

O Presidente fez, porém, questão de frisar que "fez-se aquilo que era possível", garantindo ainda que "não é possível impor o acordo quando ele aparentemente está fechado e depois falha".

 

No entender de Marcelo Rebelo de Sousa tanto o Governo liderado por António Costa como a própria Presidência da República fizeram tudo o possível para que se concretizasse o acordo entre Isabel dos Santos e o CaixaBank, compromisso que chegou a ser dado como finalizado no domingo, dia 10 de Abril.

 

"Fez-se aquilo que era possível. Adiar durante um mês essa lei na expectativa de que os privados entendessem que isso era bom para eles e para o sistema financeiro", explicou o Presidente que esta segunda-feira promulgou o diploma, aprovado na quinta-feira passada pelo Conselho de Ministros, e que abre a porta à desblindagem dos estatutos do BPI".

 

O sucesso da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada já esta manhã pelo CaixaBank sobre o BPI fica facilitado precisamente com este diploma, cuja entrada em vigor permitirá ultrapassar o obstáculo relativo ao limite de votos previsto pelos estatutos do banco liderado por Fernando Ulrich e que impossibilita que qualquer accionista vote em assembleia geral com mais de 20% do capital social da instituição.

 

Mas para o Presidente da República "esta legislação tem ainda assim uma vantagem, que é a de só entrar em vigor no dia 1 de Julho". Ou seja, este hiato temporal "dá um tempo que pode ser eventualmente aproveitado", avisa.

 

No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa lamenta também que este intervalo de tempo até ao dia 1 de Julho não permita "fazer o ideal", que passaria pela concretização do acordo que chegou a ser anunciado há uma semana. Mesmo assim, Marcelo espera que neste período de tempo ainda possa haver "uma solução".

Este domingo, já depois de ter ficado sem efeito o hipotético acordo entre Isabel dos Santos e o CaixaBank, Marcelo avisou que iria zelar pelo "interesse nacional" no BPI.

(Notícia actualizada às 16:28)

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