Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BE: Recondução "é prémio político" dado por Passos Coelho a Carlos Costa

A deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, enumerou várias falhas para contestar a nomeação de Carlos Costa. Foi, por exemplo, "incompetente a lidar com os lesados do BES", disse.

Miguel Baltazar
  • 13
  • ...

Mariana Mortágua atacou a designação de Carlos Costa, depois da confirmação de que é intenção do Executivo propor este nome ao Parlamento para um novo mandato à frente do Banco de Portugal

 

"Só podemos compreender esta nomeação como um prémio político que o primeiro-ministro dá", avançou a deputada bloquista no Parlamento esta quinta-feira, 28 de Maio.

 

Mariana Mortágua considera que o Banco de Portugal "assumiu responsabilidades políticas que pertenciam ao Governo" e que, por isso, está a receber "um prémio de recompensa". A deputada acusa Carlos Costa de ter sido um "testa-de-ferro" do Executivo.

 

O Governo anunciou esta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, que ia propor ao Parlamento a recondução de Carlos Costa como líder do Banco de Portugal. O governador está no cargo desde 2010, tendo sido nomeado pelo Executivo liderado pelo socialista José Sócrates.

 

Foram várias as críticas à liderança de Carlos Costa no regulador por parte da deputada bloquista: sabia dos prejuízos do BES e não avisou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, "não avisou os clientes" e "permitiu que Ricardo Salgado continuasse à frente do banco". Além disso, a resolução da instituição financeira, que criou o Novo Banco, tem custos que ainda não estão calculados.

 

A deputada do Bloco de Esquerda disse ainda que o governador foi "incompetente a lidar com os lesados do BES", lembrando as contradições do regulador quando disse que o Novo Banco ia assegurar o reembolso do papel comercial de sociedades do GES vendido aos balcões do BES.

 

A deputada bloquista também fez acusações políticas, dizendo que esta proposta de recondução é o cumprimento do sonho do PSD: um Presidente, uma maioria, um Governo e o "controlo político sobre o regulador do sector financeiro".

 

Depois da indigitação, o nome vai ser sujeito a uma audição parlamentar, que não tem poder de veto. Mariana Mortágua diz, ainda assim, que a mesma será importante para as pessoas conhecerem as opiniões dos vários partidos.

Ver comentários
Saber mais Mariana Mortágua Carlos Costa Banco de Portugal
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio