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PCP: "Incompreensível" nomeação de quem tem "sérias responsabilidades no falhanço da supervisão"

Apesar de não concordar com a nomeação de Carlos Costa para o Banco de Portugal, o deputado comunista Paulo Sá lembra que o que tem de mudar é a forma de exercer a supervisão e não o governador.

Bruno Simão/Negócios
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O Partido Comunista Português (PCP) reagiu com fortes críticas à confirmação da indigitação de Carlos Costa para se manter à frente do Banco de Portugal.


"O governador do Banco de Portugal tem sérias responsabilidades no falhanço da supervisão bancária, em particular no caso BES e GES, o que ficou claríssimo nas conclusões da comissão parlamentar de inquérito", adiantou o deputado Paulo Sá no Parlamento.

 

O Governo anunciou esta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, que ia propor ao Parlamento a recondução de Carlos Costa como líder do Banco de Portugal. O governador está no cargo desde 2010 e o mandato termina em Junho deste ano. O nome apontado pelo Executivo vai agora ser sujeito a audição parlamentar e a um relatório feito por este órgão, que não é, contudo, vinculativo - o Governo pode mantê-lo mesmo com ataques da oposição.

 

"A decisão do Governo é, para nós, verdadeiramente incompreensível", acusou o deputado, lembrando que há conclusões críticas da actuação do Banco de Portugal no relatório final do inquérito ao BES e as acusações feitas pelos partidos da oposição. 

 

Apesar destas considerações, o PCP volta a frisar que não acredita na supervisão, pelo que o que tem de mudar é o sistema – algo que foi defendido pelo deputado Miguel Tiago ao longo da comissão de inquérito.

 

"A questão de fundo não são os nomes mas o próprio sistema de supervisão, que se encontra capturado pelo sistema financeiro", atirou Paulo Sá.

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