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Nissan afasta Ghosn da presidência
O conselho de administração da Nissan decidiu afastar Carlos Ghosn de "chairman" da fabricante nipónica, de acordo com a imprensa local. A decisão foi unânime.
Os responsáveis decidiram afastar o responsável, de forma unânime, de acordo com a informação divulgada pela Nissan e citada pela Reuters.
Após esta decisão, Ghosn vai permanecer administrador da Nissan, uma vez que será preciso que os accionistas votem para o afastar de vez do conselho de administração.
Os administradores também votaram a favor do afastamento de Greg Kelly, responsável que também está detido no âmbito do mesmo processo.
Carlos Ghosn foi detido na segunda-feira por suspeitas de fraude fiscal. O gestor é suspeito de ter "escondido" cinco mil milhões de ienes (39 milhões de euros). Nos últimos anos enquanto CEO da Nissan – 2015 e 2016 – Ghosn auferiu mais de 1.000 milhões de ienes.
Esta quinta-feira, os procuradores de Tóquio decidiram dar mais detalhes sobre a possível pena que Ghosn enfrenta, caso seja condenado. O responsável poderá ser condenado a uma pena de prisão de até 10 anos.
Ghosn acumulava com o cargo de "chairman" na Nissan a presidência executiva na Renault, tendo entretanto sido afastado, depois de o ministro da Economia francês - um dos accionistas da fabricante francesa - ter pressionado a que se actuasse.
A solução encontrada foi a nomeação interina de Thierry Bolloré, actual director de operações, para CEO e de Philippe Lagayette, antigo chefe de gabinete de Jacques Delors e administrador na Renault, para presidente não executivo.
(Notícia actualizada às 12:20 com mais informação)