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Renault afasta Carlos Ghosn, mas não o demite

A administração da Renault nomeou esta terça-feira Thierry Bolloré como CEO interino e Philippe Lagayette como "chairman" em substituição de Carlos Ghosn, detido segunda-feira no Japão. A empresa correspondeu ao apelo do Governo francês para que substituísse o gestor franco-brasileiro, mas não o demitiu, para já.

O CEO da Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, vai falar sobre um melhor capitalismo. A sessão de dia 23 de Janeiro tem a participação de Indra Nooyi, CEO da PepsiCo, Mark Weinberger, CEO da EY, e do Nobel Joseph E. Stiglitz.
20 de Novembro de 2018 às 21:19
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Após ter sido detido segunda-feira no Japão, por suspeitas de violar leis financeiras, Carlos Ghosn foi esta terça-feira afastado da direcção executiva e da presidência da Renault. A decisão do conselho de administração da empresa, que não demitiu, para já, Ghosn, indica a Reuters, surge após o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, ter declarado que Ghosn "já não está em condições para gerir a Renault".

A solução encontrada foi a nomeação interina de Thierry Bolloré, actual director de operações, para CEO e de Philippe Lagayette, antigo chefe de gabinete de Jacques Delors e administrador na Renault, para presidente não executivo.


Entretanto, a Nissan indicou que está a alargar a investigação interna à conduta de Ghosn também às finanças da Renault-Nissan BV, empresa sedeada na Holanda que controla a aliança entre as marcas.


Ghosn, juntamente com o administrador da Nissan Greg Kelly, é suspeito de ter comunicado ao mercado valores muito inferiores aos reais sobre as suas remunerações enquanto presidente da Nissan. Ghosn é também suspeito de ter usado dinheiro da empresa para uso pessoal, nomeadamente na compra e renovação de casas no Rio de Janeiro, Beirute, Amesterdão e Paris.


O Financial Times avançou que Ghosn se preparava para levar por diante a fusão entre a Renault e a Nissan, uma operação à qual se opunham muitos dos membros da administração do fabricante nipónico.


Pela lei japonesa, os crimes de falsificação de informação financeira podem levar a uma pena de 10 anos de prisão. 

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