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Tribunal de Tóquio prolonga detenção do presidente da Nissan por 10 dias

A acusação alega que Ghosn "conspirou para minimizar os seus ganhos cinco vezes entre Junho de 2011 e Junho de 2015", declarando uma soma total de 4,9 mil milhões de ienes (cerca de 37 milhões de euros) em vez de quase 10 bilhões de ienes.

O CEO da Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, vai falar sobre um melhor capitalismo. A sessão de dia 23 de Janeiro tem a participação de Indra Nooyi, CEO da PepsiCo, Mark Weinberger, CEO da EY, e do Nobel Joseph E. Stiglitz.
21 de Novembro de 2018 às 10:41
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Um tribunal de Tóquio decidiu esta quarta-feira, 21 de Novembro, prolongar por 10 dias a detenção de Carlos Ghosn, homem-forte do grupo Renault-Nissan-Mitsubishi, a fim de prosseguir as investigações em curso sobre fraude fiscal que recaem sobre o empresário.

O "chairman" (presidente do conselho de administração) e presidente executivo da Renault-Nissan-Mitsubishi, o empresário franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, de 64 anos, foi detido na segunda-feira em Tóquio por suspeitas de fraude fiscal.

A acusação alega que Ghosn "conspirou para minimizar os seus ganhos cinco vezes entre Junho de 2011 e Junho de 2015", declarando uma soma total de 4,9 mil milhões de ienes (cerca de 37 milhões de euros) em vez de quase 10 bilhões de ienes.

Um de seus associados, Greg Kelly, detido simultaneamente, também viu o seu período de detenção prolongado de 10 dias, até 30 de Novembro, segundo os meios de comunicação japoneses.

No início do dia, os media informaram que o actual chefe-executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, e o ex-número dois da Nissan, Toshiyuki Suga, também serão ouvidos pelos investigadores.

O grupo Nissan poderá igualmente estar sujeito a processos judiciais.

O Ministério Público acredita, de acordo com a imprensa, que, se houver culpa, a responsabilidade também recai sobre a empresa, pois a mesma que entregou às autoridades documentos financeiros imprecisos nos quais Ghosn escondeu uma parte significativa dos seus rendimentos.

As pessoas materialmente envolvidas em qualquer fraude podem receber uma sentença mais leve no caso de cooperação de acordo com uma lei recente.

Estas suspeitas que recaem sobre Ghosn colocam uma série de questões sobre o futuro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi (atual líder de vendas a nível mundial), processo que o próprio empresário franco-brasileiro liderou.

Além de presidente do grupo Nissan Motor, Goshn é também o homem forte das duas empresas que compõem a aliança com a Nissan, a Renault e a Mitsubishi Motors, e é considerado o homem de negócios estrangeiro mais influente no Japão.

Ghosn chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e Ghosn visitaram juntos uma fábrica da Renault no nordeste da França no início deste mês.
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