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INE confirma inflação de 2,4% no ano passado, com ligeira aceleração em dezembro

Dados definitivo do INE indicam que a inflação em dezembro acelerou para 3%, mais cinco décimas do que no mês anterior. A variação média da inflação em 2024 fixou-se nos 2,4%, ficando mais próxima da meta dos 2%.

Para 2023, a ERSE teve em conta um custo médio de aquisição de energia para fornecimento aos clientes no mercado regulado de 223,4 euros/MWh.
Regis Duvignau/Reuters
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A inflação em 2024 foi de 2,4%, regressando aos níveis de há uma década, de acordo com os dados finais divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de estatística (INE).

"Em 2024, o IPC (índice de preços no consumidor) registou uma taxa de variação média anual de 2,4% (4,3% em 2023). A variação do indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, foi 2,5% em 2024 (5,0% em 2023)", indica a autoridade estatística.


De acordo com esta segunda leitura dos dados de 2024, "a diminuição da taxa de variação do IPC entre 2023 e 2024 foi influenciada pelo comportamento da inflação subjacente, que apresentou uma variação média anual de 2,5% (5,0% no ano anterior), e pela desaceleração dos produtos alimentares não transformados, que registaram uma variação média anual de 1,6% (9,5% em 2023). Inversamente, os produtos energéticos, que apresentaram um contributo negativo em 2023, tiveram um contributo positivo para a taxa de variação média registada em 2024".

Os dados definidtivos referentes ao ano passado permitem agora uma análise mais fina do comportamento dos preços. Assim, o INE começa por indicar que "a taxa de variação homóloga do IPC total evidenciou uma tendência de estabilização ao longo do ano de 2024 observando-se valores muito próximos para a variação média nos dois semestres do ano: 2,5% no primeiro semestre e 2,4% no segundo."

A explicar esta estabilização da inflação, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC), a autoridade estatística indica que tal se ficou a dever ao comportamento da inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, "tendo as alterações registadas no IPC total refletido essencialmente o comportamento dos produtos energéticos." O INE acrescenta que "excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média anual registou um valor de 2,5% (5,0% no ano anterior), registando ao longo do ano valores homólogos muito próximos do valor médio anual."


No caso dos produtos energéticos, o IPC "passou de uma taxa de variação média de -9,0% em 2023 para 3,2% em 2024. Este comportamento é em grande medida reflexo do efeito de base resultante da evolução dos preços da eletricidade verificada em 2023."


Já os produtos alimentares não transformados, ou seja, os produtos frescos, que em 2023 tinham registado uma variação anual de 9,5%, "registaram em 2024 um aumento de preços bastante menos expressivo (1,6%). As variações médias em 2024 foram de 1,3% no primeiro semestre e 2,0% no segundo, resultado de uma trajetória de diminuição progressiva das taxas homólogas a partir de janeiro (apesar da maioria dos produtos considerados ter perdido a isenção de IVA em vigor até ao final de 2023), tendo os últimos meses do ano apresentado uma ligeira tendência de subida."

Na despesa das famílias com habitação (onde se incluem as rendas, prestações ao banco, água, eletricidade e gás), o INE refere que "na primeira metade do ano assistiu-se a uma forte aceleração da variação homóloga desta classe, refletindo o efeito de base da diminuição de preços registado no ano anterior e a subida de preços registada na eletricidade durante o ano de 2024, nomeadamente a atualização de preços para o segundo semestre do ano. Ainda assim, no primeiro semestre esta classe de despesa registou uma variação média de 6,7%, enquanto na segunda metade do ano registou uma variação média de 6,4%."


Nos transportes, o INE registou "uma variação média anual de 0,3% em 2023, tendo aumentado para 1,3% em 2024". No primeiro semestre do ano passado, a variação desta classe, "foi 2,8%, acima da média anual (1,3%), refletindo sobretudo o efeito de base da diminuição de preços dos combustíveis no primeiro semestre do ano anterior e o aumento de preços registado na primeira metade de 2024. No segundo semestre, a variação registada foi nula, inferior ao valor médio do ano, tendo-se verificado diminuições homólogas abaixo da média anual em vários meses do segundo semestre".

(Notícia atualizada às 11:22 com mais informação)

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