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Ghosn planeava fusão entre Renault e Nissan antes de ser detido

O presidente da Nissan, Carlos Ghosn, detido na segunda-feira, estava a preparar uma fusão entre a Renault e a fabricante automóvel nipónica, noticia o Financial Times.

O CEO da Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, vai falar sobre um melhor capitalismo. A sessão de dia 23 de Janeiro tem a participação de Indra Nooyi, CEO da PepsiCo, Mark Weinberger, CEO da EY, e do Nobel Joseph E. Stiglitz.
20 de Novembro de 2018 às 18:45
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O presidente da Nissan, Carlos Ghosn, detido na segunda-feira, estava a preparar uma fusão entre a Renault e a fabricante automóvel nipónica, noticia esta terça-feira o Financial Times.

Segundo o jornal, os planos de fusão desagradavam aos membros da administração da Nissan, que estariam a estudar formas de bloquear a operação.

O Financial Times cita três fontes próximas da administração da Nissan que indicaram que a proposta de fusão deveria ocorrer "dentro de poucos meses".

A hipótese da fusão terá, refere o jornal, gerado tensões entre Ghosn e Hiroto Saikawa, CEO da Nissan.

Após a detenção de Ghosn, e do administrador Greg Kelly, na segunda-feira, a Nissan anunciou que iria demitir o gestor franco-brasileiro da presidência da empresa.

Ghosn foi detido após uma investigação da Nissan, na sequência de uma denúncia, ter indicado que o presidente da empresa teria prestado falsas declarações sobre os seus rendimentos nas comunicações à Tokyo Stock Exchange e usado dinheiro da Nissan para fins pessoais.

A Nissan, entretanto, revelou que iria alargar o âmbito da investigação à aliança Renault-Nissan.

Já esta terça-feira, o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, instou a Renault a substituir temporariamente Ghosn nos cargos de presidente e CEO da empresa gaulesa. A administração da fabricante automóvel francesa reúne esta terça-feira para decidir se substituiu interinamente Ghosn.

De acordo com o jornal francês Les Echos, Thierry Bolloré, actualmente director-executivo de operações (COO), deverá assumir o cargo de CEO, enquanto Philippe Lagayette, do conselho de administração, ocupará o lugar de presidente.

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