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Renault-Nissan nega negociações para comprar posição do Estado francês
Ghosn diz que a posição do Estado francês não é impeditiva de uma fusão entre as duas companhias.
A Renault e a Nissan já vieram negar a existência de negociações com vista à compra da posição do Estado francês na Renault por parte da fabricante nipónica.
"Qualquer discussão sobre uma transacção de acções envolvendo a Renault, Nissan ou o Estado francês é pura especulação", responde Jonathan Adashek, porta-voz da aliança entre as dias construtoras automóveis.
A notícia tinha sido avançada na quarta-feira pela Reuters, que dava conta que a Nissan estava a discutir planos para um vínculo ainda mais estreito com a Renault, visando adquirir a maior parte da participação de 15% do Estado francês na Renault.
A Renault detém uma posição de 43,4% na Nissan e a fabricante japonesa controla 15% da empresa francesa, embora não tenha qualquer direito de voto. A Nissan também tem uma posição de controlo de 34% na Mitsubishi.
Carlos Ghosn é o principal arquitecto desta aliança. Tendo começado agora o seu último mandato como CEO da Renault, acaba por ser pressionado a garantir o futuro da Renault-Nissan, o grupo automobilístico que o ano passado foi o que mais vendeu em todo o mundo.
Em declarações citadas pela Bloomberg, Ghosn disse ontem que a posição do Estado francês não é impeditiva de uma fusão entre as duas companhias. "Não selecciono os meus accionistas. Tenho os accionistas que tenho e eles decidem se ficam aqui ou saem. Penso, francamente, que tentar convence-los a ficar cá, aumentar ou diminuir, para mim, é irrelevante", afirmou Ghosn.