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Lucro da Renault encolhe 19% para 1,95 mil milhões devido a tarifas de Trump
A Renault fechou o primeiro semestre com lucros de 1,95 mil milhões de euros, uma quebra homóloga de 19%. A subida dos preços dos materiais devido às tarifas impostas pelos EUA ao aço e alumínio penalizaram os resultados.
A Renault registou lucros de 1,95 mil milhões de euros no primeiro semestre, uma quebra homóloga de 19%, informou esta sexta-feira a fabricante automóvel francesa. A subida dos preços dos materiais devido às tarifas impostas pelos EUA ao aço e alumínio penalizaram os resultados em 193 milhões de euros.
Também a contribuição da Nissan para os resultados do grupo sofreu uma quebra acentuada – de 37,6% - cifrando-se em 805 milhões de euros, valor que compara com os 1.290 milhões de um ano antes.
Na quinta-feira, a Nissan referiu que o aumento dos preços do aço e alumínio prejudicou os seus resultados.
A Renault refere que o aumento dos preços dos materiais teve um impacto de 193 milhões de euros, aos quais se juntam 368 milhões de euros devido a efeitos cambiais e custos de reestruturação.
As receitas da Renault aumentaram 1,4%, atingindo os 29,96 mil milhões de euros, enquanto os resultados operacionais (EBIT) desceram 3,1%, para 1.734 milhões de euros, tendo a margem operacional sido de 6,4%, uma melhoria de 0,2 pontos percentuais.
Clotilde Delbos, directora financeira (CFO) da Renault, indicou que a empresa prevê um impacto semelhante do preço dos materiais na segunda metade do ano, ressalvando que a situação relativa às tensões comerciais é "volátil".
A Renault reiterou as suas metas para o total do exercício, nomeadamente um crescimento nas receitas e uma margem operacional acima de 6%.