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Peritos do PS propõem redução da TSU para trabalhadores e empresas que contratem sem termo
Os peritos a quem o PS propõem uma redução da taxa social única a cargo do trabalhador em 1,5 pontos percentuais já em 2016. A descida é temporária, e para aliviar a situação financeira das famílias. Já as empresas têm redução permanente de quatro pontos.
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Os peritos do PS também propõem uma mexida na taxa social única (TSU) nos próximos anos. O objectivo é descer a quotização a cargo do trabalhador de forma temporária, mas também a taxa das empresas que contratem trabalhadores para o quadro.
Segundo explicou esta terça-feira o economista e coordenador do grupo de trabalho Mário Centeno, a ideia é que a taxa social única a cargo do trabalhador desça dos actuais 11% para os 9,5% em 2016, depois para 8% em 2017 e para 7% em 2018.
Um ano depois, a partir de 2019, esta redução começa a ser gradualmente revertida, aumentando a um ritmo de 0,5 pontos percentuais ao ano, de modo a que, em 2026, esteja totalmente reposta.
Os peritos explicam esta proposta como uma forma de aliviar temporariamente as restrições de liquidez das famílias portuguesas, e impoem-lhe uma contrapartida: este "desconto temporário" terá um reflexo no valor futuro das pensões, que, segundo Mário Centeno, não ultrapassará os 2,6% de impacto.
Ao mesmo tempo, os peritos propõem uma redução de quatro pontos na contribuição das empresas que contratem sem termo, ou seja, para os quadros das empresas. Esta redução também é progressiva (menos 1,5 pontos percentuais em 2016, menos 1,5 pontos em 2017 e mnos 1 ponto em 2018), mas será permanente.
A ideia é que seja financiada pela receita de três novas medidas a lançar: imposto sucessório sobre heranças de valos superior a um milhão de euros, congelamento da descida do IRC e respectiva consignação da receita, e uma penalização às empresas com elevado nível de rotação de quadros.
Notícia actualizada às 14H34, com o gradualismo da descida da contribuição a cargo das empresas.