Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

PSD diz que propostas do PS são como uma PPP: faz-se agora, paga-se depois

O vice-presidente dos sociais-democratas reagiu com críticas às propostas apresentadas pelos peritos do PS e acusa os socialistas de não aprenderem com os erros do passado. “O PS ilude as pessoas” e tal não é “defeito, mas feitio”, ironiza José Matos Correia.

21 de Abril de 2015 às 15:06
  • 49
  • ...

O vice-presidente do PSD, José Matos Correia, reagiu prontamente às propostas apresentadas esta terça-feira, 21 de Abril, pelos peritos do PS no âmbito da Agenda para a Década com que os socialistas se pretendem apresentar às próximas legislativas.

 

Como seria de esperar, o tom foi de críticas. Não às medidas em particular, mas ao cariz das mesmas, que o PSD acusa de representarem um aumento da despesa em paralelo a uma diminuição na receita.

 

Matos Correia garante que "em 2009 a desculpa foi a mesma porque era preciso gastar mais para combater a crise". E agora "a desculpa é idêntica", acusa. Para o PSD a fórmula socialista é simples. "Gastar o que não temos e no futuro outros vão pagar a conta".

 

É por isso que o dirigente laranja considera que as propostas socialistas reeditam uma espécie de parceria público-privada (PPP), em que se faz agora e se paga depois. Matos Correia lembra que todas as instituições são unânimes ao sublinhar a necessidade de manter o rumo da consolidação das contas públicas e do ajustamento orçamental.

 

"Mas o PS desdenha isso e aposta uma vez mais na irresponsabilidade", lamenta o responsável do PSD que afiança que os socialistas "não aprenderam com os erros do passado" e por isso "é um PS que ilude as pessoas".

 

"Não se trata de defeito, é feitio", resume José Matos Correia. Em jeito de apanhado do conjunto de acusações e críticas dirigidas ao Largo do Rato, Matos Correia garante que "o PS troca o certo pelo incerto".

 

Por isso mesmo, e com os olhos postos nas legislativas que irão decorrer dentro de cerca de cinco meses, o PSD recorda o tema da campanha eleitoral de há quatro anos ao ver duas escolhas colocadas perante os portugueses. Escolher "entre os que trabalharam para tirar o país da bancarrota e que querem continuar a trabalhar e, do outro lado, um PS que levou o país à bancarrota em 2011".

 

A crítica mais específica ficou guardada para o IRC, imposto que mereceu o apoio socialista à reforma proposta por uma equipa liderada pelo ex-deputado do CDS António Lobo Xavier. Matos Correia lamentou que no relatório hoje apresentado o PS tenha deixado cair o acordado com a maioria em matéria de IRC.

 

O grupo de trabalho constituído pelo PS recomenda o congelamento da descida do IRC que deverá acontecer até 2019 mediante uma diminuição de um ponto percentual ao ano, propondo a consignação dessa receita à Segurança Social.

 

No entanto, apesar de o PS se ter abstido aquando da aprovação, na generalidade, da reforma do IRC, e de o antigo secretário-geral socialista, António José Seguro, se ter referido à esta reforma como uma "prenda de Natal para as pequenas e médias empresas", António Costa sempre se mostrou crítico face à reforma conduzida pelo então companheiro no programa Quadratura do Circulo. Já no final de 2014, Costa chegou a afirmar que entre a redução do IRC e a do IRS, o Governo de Passos Coelho deveria ter privilegiado a diminuição dos impostos às famílias. 

Ver comentários
Saber mais PSD José Matos Correia PS António Costa António José Seguro IRC
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio