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PS espera que reposição dos salários permita arrecadar 20 milhões em impostos indirectos

Em reacção às perguntas do PSD, os socialistas apresentam os seus esclarecimentos para as 29 dúvidas, entre as quais o impacto que a reposição mais rápida dos salários da Função Pública terá para o défice orçamental.

Bruno Simão/Negócios
30 de Abril de 2015 às 14:38
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Segundo os cálculos agora divulgados pelo PS, a sua opção por repor mais rápido as remunerações dos trabalhadores do Estado significará um agravamento de 200 milhões de euros da despesa com pessoal em 2016. No entanto, desse valor, apenas 105 milhões deverão agravar o défice.

 

Como? O documento enviado hoje às redacções explica que "o remanescente é recuperado pelas Administrações Públicas sob a forma de receita fiscal e de contribuições sociais". Essa recuperação é detalhada por rubrica. Os técnicos do PS estimam que se observará uma receita adicional de 50 milhões de euros, através de um reforço de contribuições dos trabalhadores e da entidade empregadora; outros 18 milhões virão do IRS; e outros 20 milhões de receita fiscal indirecta (IVA e outros impostos sobre o consumo), através de uma dinamização do consumo das famílias, apoiada também noutras medidas do PS para recuperar o rendimento.

 

Em relação a 2017, a diferença face ao cenário do Governo é ainda maior: 400 milhões de euros. Também aqui, argumenta o PS, apenas metade desse valor irá prejudicar o défice (193 milhões), esperando-se 120 milhões de euros adicionais em contribuições sociais, 41 milhões em IRS e 55 milhões em impostos indirectos.

 

Recorde-se que, neste capítulo da devolução dos salários, a divergência entre as contas do Governo e do PS pareciam ser significativas. Enquanto o Executivo dizia que devolver 20% ao ano custava 153 milhões de euros ao orçamento, o PS argumenta que restituir o dobro – 40% - só tem um impacto negativo de apenas 105 milhões de euros em 2016.

 

Em resposta ao Negócios na semana passada, os técnicos responsáveis pelo cenário macroeconómico do PS já tinham adiantado que a diferença se podia dever ao cálculo da de valores "em bruto" ou "líquidos". A justificação dada hoje com mais detalhe aponta no mesmo sentido, embora continue a ser difícil conciliar as duas estimativas (do Governo e do PS) devido à grande diferença entre ambas. 

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