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Mário Centeno: "Mexidas nas taxas contributivas criam cerca de 45 mil postos de trabalho"

Numa entrevista ao Negócios a publicar na segunda-feira, o coordenador do grupo de trabalho de 12 economistas que preparou o cenário macroeconómico e o modelo de avaliação de políticas do PS, defende porque as suas previsões não são boas demais para acreditarmos nelas, explica as diferenças entre este modelo de TSU e as propostas passadas do Governo, e justifica porque é que as reduções nas taxas, tendo um impacto afinal tão pequeno (apenas 45 mil postos de trabalho), são fundamentais.

Bruno Simão/Negócios
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A redução em quatro pontos da taxa social única (TSU) paga pelos trabalhadores e noutros quatro pontos da taxa suportada pelas empresas deverá criar um pouco menos que 45 mil empregos. Não é muito, especialmente se considerarmos que foram perdidos 500 mil empregos nos últimos anos, diz Mário Centeno, o coordenador do grupo trabalho de 12 economistas que preparou o cenário macroeconómico e o modelo de avaliação de políticas do PS.

 

Em entrevista ao Negócios, a publicar segunda-feira na edição impressa e no Negócios Primeiro, o economista revela que "as mexidas nas taxas contributivas têm um impacto agregado de criação de emprego de menos 45 mil postos de trabalho. Não é um impacto muito grande, porque com 45 mil postos de trabalho não salvamos a face da economia portuguesa", afirma, defendendo que "não há [no relatório] uma medida que, só por si, seja um ‘game changer’", nem mesmo estas reduções nas contribuições que geraram polémica e debate.

 

Ao longo de uma hora e meia de conversa, uma semana e um dia depois de ter apresentado o relatório "Uma década para Portugal" no Largo do Rato ao lado de António Costa, Mário Centeno explica a lógica das propostas desenhadas ao longo dos últimos meses, esforça-se por valorizar cada uma delas e todas em conjunto, e apresenta-as como um plano que promove o aumento de rendimentos e liquidez de famílias e empresas, uma condição que considera essencial para que a necessária reconfiguração da economia portuguesa possa acontecer e a reformas estruturais, nomeadamente no mercado de trabalho, sejam eficazes.

 

O plano, a manter-se o actual enquadramento externo, abrirá um caminho para o crescimento sustentado da economia e do emprego, e com ele, para a sustentabilidade das contas públicas e da segurança social, defende, não se deixando abalar com as críticas de excesso de optimismo – pelo contrário, diz mesmo que os impactos são modestos face ao arsenal de políticas que propõem. Também não teme a avaliação de Bruxelas aos resultados orçamentais – mesmo que reconheça que, só mesmo a Comissão Europeia, é que sabe calcular os polémicos saldos estruturais que agora governam as regras europeias.

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