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António Costa aproveitará 95% das propostas dos peritos
"Com grande probabilidade", o próximo programa eleitoral do PS vai aproveitar 95% das medidas propostas pelos economistas. Os restantes 5% ficam pelo caminho, fruto da "discussão democrática" dentro do partido, diz António Costa.
António Costa está confortável com a generalidade das propostas avançadas pelos 12 economistas no documento "uma década para Portugal" e, à partida, adianta que "com grande probabilidade" 95% das medidas, "sim", serão vertidas no programa eleitoral a apresentar no próximo dia 6 de Junho. As outras 5% fazem parte da margem "que a discussão democrática dentro do PS pode calibrar".
Falando no final da conferência organizada pelo ISEG para apresentar à comunidade académica as propostas dos 12 economistas, António Costa não chegou a enumerar quais as que têm maior probabilidade de ficar pelo caminho, mas tratou de se referir a duas das mais polémicas, para sair em sua defesa: a nova forma de rescisão de contratos, e a redução da taxa social única.
Estas são duas propostas que, segundo o líder do PS, estão a ser discutidas não de acordo com o enquadramento com que surgem no documento, mas de informação prévia assimilada pelos comentadores.
A proposta de criação de um novo regime de cessação de contratos, por via conciliatória, foi lida não como consta do documento, mas assimilada a propostas ja formuladas por Mário Centeno, coordenador do grupo de trabalho, no âmbito da sua actividade profissional, relativamente à criação de um contrato único, acompanhado de um mecanismo de despedimento mais expedito.
Do mesmo modo, o debate em torno da redução da TSU (taxa social única) está a ser contaminado pela proposta feita em 2012 pelo actual Governo, e que gerou reacções epidérmicas, quando as medidas, diz António Costa, são completamente distintas.