Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

PS vai mexer nos escalões do IRS para "aumentar a progressividade"

António Costa anunciou em entrevista à TVI que o PS vai mexer nos escalões do IRS. O objectivo é aumentar a progressividade deste imposto, para a qual também contribui uma mexida no coeficiente familiar e a antecipação da eliminação da sobretaxa.

Bruno Simão/Negócios
06 de Maio de 2015 às 21:46
  • 77
  • ...

O PS vai incluir, no seu programa eleitoral, uma mexida nos escalões de IRS, com o objectivo de aumentar a progressividade deste imposto sobre o trabalho. "O que vejo é poder alterar-se os escalões do IRS de forma a aumentar a progressividade", antecipa António Costa. A alteração dos escalões introduzia em 2012 "foi das medidas que introduziu e que teve maior efeito distorcido", acusou.

 

"Vamos mexer nos escalões do IRS. Não quero dizer-lhe qual vai ser a alteração para alterar a progressividade", afiançou António Costa, em entrevista à TVI. Essa alteração "vai diminuir certamente o encargo da carga fiscal sobre os portugueses". Essa deve ser uma das poucas medidas fiscais a propor pelo PS que não consta das propostas dos 12 peritos que elaboraram o cenário macroeconómico, acrescentou António Costa.

 

O grupo de economistas propõe duas medidas para aumentar igualmente a progressividade do IRS: "a correcção do coeficiente familiar", ao prever "um apoio a cada criança por si, não beneficiando mais as crianças de famílias com maiores rendimentos e menos as quem têm menos", como acontece com o actual coeficiente desenhado pelo Governo. Por outro lado, os peritos sugerem uma antecipação da eliminação da sobretaxa de IRS, que deverá desaparecer em 2017.

 

António Costa reiterou que o resultado das propostas dos peritos será virtuoso. "No conjunto do exercício é garantido q temos um nível de crescimento superior, maior criação de emprego, e chegamos ao final do exercício com um défice e uma dívida compatíveis com as regras europeias", sustentou Costa.

 

Quanto às mexidas na TSU, que implicam uma redução da contribuição para a Segurança Social para trabalhadores e empresas, Costa explicou que o objectivo é, por um lado, aumentar o rendimento das famílias e, por outro, diversificar as fontes de financiamento da Previdência.

 

"Por isso se cria um imposto sobre grandes heranças, se consigna a sobretaxa sobre a precariedade, e também se propõe que a contribuição das empresas para a Segurança Social não tenha só em conta o volume da massa salarial mas também o lucro", detalhou. "Por isso é que essa medida é substitutiva da diminuição do IRC" e "de combate á precariedade", porque "só existe para empresas que tenham contratos a termo".

 

Candidato presidencial antes ou depois das legislativas? "Não tenho data definida"

 

António Costa também foi questionado sobre quando é que o PS anuncia o candidato que vai apoiar nas eleições presidenciais de Janeiro de 2016. "Não tenho uma data definida para quando deve ser, não sei se haverá outros candidatos", justificou. "No momento próprio decidiremos".

 

Sobre Sampaio da Nóvoa, Costa foi elogioso. "É uma pessoa por quem tenho grande estima, com quem tive oportunidade de trabalhar muito proximamente, enquanto era reitor da Universidade de Lisboa". "Ele é independente, não perfilhará todos os valores do PS, mas esteve no último congresso a trabalhar connosco", recordou. Mas ficou-se por aí.

Ver comentários
Saber mais António Costa PS Governo política IRS
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio