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Empresários foram dizer a Cavaco que "a instabilidade é preocupante" e "confiança essencial"

A Associação das Empresas Familiares foi esta manhã dizer ao Presidente que a economia "precisa de confiança" e que é preciso conhecer rapidamente as orientações do novo Governo, seja ele qual for. Os "benefícios sociais" anunciados são "preocupantes".

Miguel Baltazar
13 de Novembro de 2015 às 12:42
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Cavaco Silva recebeu esta sexta-feira, 13 de Novembro, de manhã a Associação das Empresas Familiares (AEF) no âmbito da ronda de audiências para a tomada de decisão no actual contexto de crise política que o país atravessa. À saída, Peter Villax, presidente daquela associação, acompanhado por Vasco de Mello, afirmou que alertaram o Presidente para a importância de uma decisão rápida.

 

"O que é para nós imperativo que muito rapidamente um ministro das Finanças do próximo Governo, seja ele qual for, venha dar confiança aos empresários, porque sem empresários e sem sector privado não há recuperação da economia", salientou o presidente da AEF, afirmando que "esta instabilidade é muito preocupante".

 

Até para as empresas de rating, continuou Peter Villax, sublinhando que uma alteração na classificação do rating da República tem um "um impacto imediato nas empresas, nos cidadãos, no consumo, no crédito à habitação", pelo que "a questão da confiança é essencial", e é importante conhecer as orientações do Governo e "quais vão ser as políticas económicas, como se vai industrializar Portugal, reduzir o desemprego, promover a inovação".

 

A decisão "é da exclusiva responsabilidade do Presidente e não fizemos recomendação num sentido nem noutro", mas "explicámos as vantagens e as desvantagens" de um cenário de continuação de um Governo de gestão ou da indigitação de um primeiro-ministro do PS com um Governo minoritário", afirmou Peter Villax.

 

O empresário também não quis dizer que solução defende a AEF, mas sempre avançou que estão "preocupados com a lista extensa de benefícios que embora legítimos poderão ser pagos com dinheiro que muito prudentemente foi amealhado". Que benefícios? "Benefícios sociais, uma longa lista, mas nada está dito como vão ser financiados", disse, questionando se os fundos necessários virão "da almofada financeira que o Governo acumulou" e se o país vai passar "de uma política de formiga para uma de cigarra".

 

Sobre o aumento do salário mínimo, Peter Villax afirmou que são "a favor de bons salários", mas "assentes em aumentos de produtividade e discutidos na Concertação Social".

Cavaco silva recebe, ainda esta manhã, os representantes do Fórum para a Competitividade. Durante a tarde será a vez das reuniões com os sindicatos.

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