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UGT quer que Cavaco Silva indigite rapidamente António Costa como primeiro-ministro
O líder da UGT defendeu junto do Presidente da República a necessidade de garantir a "estabilidade" necessária ao país, algo que deve passar pela "indigitação" com celeridade de António Costa como primeiro-ministro.
Carlos Silva fechou esta sexta-feira, 13 de Novembro, a ronda de encontros entre o Presidente da República e os parceiros sociais. O líder da União Geral dos Trabalhadores (UGT) defendeu junto de Cavaco Silva que "é importante indigitar o doutor António Costa" para que este forme "o próximo Governo" e, assim, o país possa responder aos seus "compromissos".
"Em função do acordo que está estabelecido pelos partidos [da esquerda parlamentar] na Assembleia da República, transmitimos ao senhor Presidente [Cavaco Silva] que, na nossa opinião, era importante dar a indigitação ao doutor António Costa para constituir o próximo governo", anunciou Carlos Silva.
À saída do encontro com Cavaco, o líder da UGT destacou também o facto de ser "a primeira vez" que o Presidente da República dá voz aos parceiros sociais durante o processo de formação de Governo, facto demonstrativo de "grande valorização da sociedade civil".
Carlos Silva também revelou ter dito a Cavaco Silva que a pretensão da UGT passa pela garantia de "estabilidade", algo só possível mediante a "necessária celeridade" de uma decisão quanto ao próximo Governo. A UGT acrescentou ainda ser contra a possibilidade de um Governo de gestão.
Carlos Silva lembrou que a actual composição da Assembleia da República resultou de um conjunto de "expectativas" que os eleitores querem ver serem colocadas "em prática", mas avisou que nada deve ser decidido sem a adequada consulta e negociação em sede de concertação social.
Como tal, o líder da UGT afirmou que "não podemos aceitar que haja uma eventual tentativa de esvaziamento" da concertação social, sublinhando assim que, mesmo havendo entendimento entre o PS e os restantes partidos da esquerda sobre matérias relacionadas com a vida dos trabalhadores, os parceiros sociais não podem nem devem ser negligenciados. Até porque o PS "deu sempre um grande apoio ao movimento sindical", concluiu.
(Notícia em actualização)