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Pedro Nuno Santos: "É óbvio que Costa será indigitado"

O deputado do PS, que poderá integrar um futuro Executivo liderado pelos socialistas, disse em entrevista ao Jornal de Notícias que "não está em nenhum lado que só o primeiro Orçamento do Estado está garantido".

'O PS quer uma economia capaz de pagar melhores salários e isso só se faz através do contrário do que foi feito nos últimos anos', afirmou o deputado socialista Pedro Nuno Santos.
Bruno Simão/Negócios
16 de Novembro de 2015 às 09:50
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Pedro Nuno Santos nem quer acreditar na possibilidade de o Presidente da República deixar Passos Coelho em gestão durante os próximos meses. "Estaria a prejudicar gravemente o seu país e, por isso, não me passa pela cabeça que opte por um Governo que não tem apoio maioritário, quando tem a possibilidade de dar posse a um Governo com apoio maioritário, que aliás sempre exigiu".

O deputado socialista, que é apontado como futuro membro do Executivo minoritário de António Costa, repetiu que "não [lhe] passa pela cabeça que o Presidente da República não indigite um primeiro-ministro que conseguiu aquilo que Passos Coelho não conseguiu: um apoio maioritário e a garantia de que o programa de Governo é aprovado". "Usando os critérios do Presidente, é para mim óbvio que António Costa será indigitado", acrescentou.

Questionado sobre se Aníbal Cavaco Silva dará posse a uma solução governativa que só dá garantias de aprovação do primeiro Orçamento do Estado – todos os outros terão de ser negociados à vez e entre os quatro partidos de esquerda –, Pedro Nuno Santos respondeu que "não está em lado nenhum que só o primeiro Orçamento está garantido".

"Não tem sentido nenhum pedirmos ao PCP, ao BE e aos Verdes que se dissolvam no PS e desistam de existir enquanto partidos. Há um trabalho que vai ter de ser feito ao longo de quatro anos, é verdade. Mas o objectivo de todos os partidos é que este governo dure uma legislatura", detalhou.

Sobre uma eventual ida a eleições antecipadas em coligação prévia com os restantes principais partidos da esquerda, o parlamentar socialista disse que "essa questão não se coloca", refugiando-se no foco do momento de "conseguir começar a trabalhar o mais depressa possível". Nesse futuro exercício de governação, destacou ainda, o PS pretende "provar que é possível viver melhor e de forma sustentável".

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