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CGTP aconselhou Cavaco Silva a empossar Governo do PS

Arménio Carlos transmitiu ao Presidente da República que a CGTP considera que a melhor opção passa por um Governo do PS apoiado pela esquerda parlamentar. Em relação a um Executivo PSD/CDS, Arménio Carlos afiança que “com ele não estamos”.

13 de Novembro de 2015 às 16:14
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Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, foi o primeiro responsável sindical a ser ouvido por Cavaco Silva durante a tarde desta sexta-feira, 13 de Novembro, período ao longo do qual o Presidente da República irá auscultar as opiniões das centrais sindicais sobre a actual conjuntura política.

 

A posição da CGTP é tão clara quanto previsível. A central sindical defende que Cavaco Silva dê posse o mais rápido possível a um Governo protagonizado pelo PS, parlamentarmente suportado pelos restantes partidos da esquerda, BE, PCP e Verdes. 

O responsável sindical revelou ter dito a Cavaco Silva que a CGTP discorda de "qualquer solução que pela pela continuação deste Governo [PSD/CDS], seja num quadro de um Governo de gestão, seja de iniciativa presidencial". Em relação a uma hipotética continuação do Governo actualmente em funções e prossecução das políticas por aquele preconizadas, Arménio Carlos é lacónico: "Por aqui não vamos e com ele não estamos".

 

Arménio Carlos defende uma solução que permita "colocar o país numa linha de esperança" e sublinha que a central sindical continuará a "defender a democracia e os direitos dos trabalhadores, que precisam ser repostos e revalorizados". Nesse sentido, a CGTP considera que "a saída mais adequada é o Presidente da República empossar um Governo do PS".

 

Já depois de criticar "o desespero" demonstrado pelas associações patronais, Arménio Carlos elencou "quatro áreas estruturantes" para a CGTP: salvaguardar a lei da contratação colectiva; defesa de um modelo de desenvolvimento não assente na precariedade e nos baixos salários; uma legislação laboral que ponha cobro à facilitação dos despedimentos; e uma melhor distribuição dos rendimentos, desde logo através do aumento, já em 2016, do salário mínimo.

 

Arménio Carlos acusa Passos de não aceitar as regras democráticas

 

A sugestão deixada esta quinta-feira pelo primeiro-ministro em funções, Passos Coelho, sobre uma revisão constitucional que permitisse a realização de eleições legislativas sem a necessidade de aguardar seis meses, mereceu um reparo de Arménio Carlos.

 

Essa sugestão "reflecte duas coisas", garante o responsável sindical que fala em "desespero por a Assembleia da República lhe ter negado a possibilidade de governar" e numa vontade de "realizar eleições as vezes que forem necessárias" até à obtenção do resultado pretendido.  

 

"O povo é sábio, e sabe distinguir entre aquilo que são a aceitação das regras da democracia" e a vontade "daqueles que se comportaram como tendo um poder absoluto", concluiu Arménio Carlos. 


(Notícia actualizada às 16:25)
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