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Presidente do CES quer solução com partidos europeístas
Luís Filipe Pereira esteve reunido com Cavaco Silva, onde admitiu ter medo que as decisões do domínio social possam ser tomadas noutros locais que não no Conselho Económico e Social. Mas diz que tem de preservar pontes.
O presidente do Conselho Económico e Social, que esteve reunido com o Presidente da República esta sexta-feira 13 de Novembro, acredita que o melhor para o país é uma solução "que englobe os partidos em que, sistematicamente, 70% da população sempre validou nos últimos quatro anos".
"Pertencer ao euro, pertencer à União Europeia, respeito pelas normas que negociámos com a União Europeia". Estes são elementos que, segundo Luís Filipe Pereira afirmou após o encontro com Cavaco Silva, são essenciais para o país. Ou seja, PS, PSD e CDS são aqueles que, na sua óptica, deveriam conduzir a política nacional.
Contudo, o responsável não quis comprometer o organismo que lidera. "Como presidente do órgão, tenho de preservar pontes, possíveis entendimentos para agora ou mais tarde".
Para Luís Filipe Pereira, o importante é que o Conselho Económico e Social, em que se concertam aspectos do domínio económico e social, não perca força. "A concertação implica discussão para tentar chegar a algo que seja aceite por todas as partes". E o medo do responsável é que as decisões sejam tomadas fora daquele órgão. "Estaremos a esvaziar a concertação social".
O PS assinou com PCP, BE e Verdes condições para formar acordos que viabilizem um Governo socialista que implemente medidas de carácter económico e social apresentadas como o combate às políticas de austeridade do PSD e CDS.
O encontro do presidente do CES com Cavaco Silva insere-se nos vários encontros que o Chefe de Estado promoveu com várias entidades. Esta sexta-feira, houve reuniões com os sindicatos (a CGTP aconselhou Belém a nomear um Governo PS) mas também com organizações empresariais (a Associação das Empresas Familiares critica a instabilidade).