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João Machado ao PS: “A soma de três perdedores não dá um vencedor”

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, João Machado, defende que sejam marcadas novas eleições "o mais rapidamente possível", porque um Governo socialista apoiado por Bloco e PCP não tem estabilidade e "é um truque".

Miguel Baltazar/Negócios
12 de Novembro de 2015 às 17:07
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Depois de ter recebido, esta manhã, pedidos da CIP e CCP para tomar rapidamente uma decisão final sobre o próximo Governo, Cavaco Silva ouviu, ao início da tarde, uma proposta bem diferente: a CAP, liderada por João Machado, pediu a Cavaco Silva que tome apenas uma decisão provisória, como nomear um Governo de iniciativa presidencial, que fique em gestão até serem marcadas novas eleições. Algo que deve ocorrer "o mais rapidamente possível", defendeu João Machado.

 

"Dissemos ao Presidente da República que devemos ter eleições para o ano, o mais rapidamente possível" e quando "o calendário permitir". "Não acreditamos que haja estabilidade nesta frente de esquerda para ter uma maioria que governe por quatro anos", disse João Machado, no final da reunião com o Presidente da República, em Belém. Cavaco Silva está a ouvir, esta quinta-feira, os representantes das associações patronais.

 

Um Governo do PS, apoiado por PCP, Bloco e Verdes, é uma solução que "é permitida" do ponto de vista da Constituição, "mas achamos que é um truque, e que o eleitorado não foi avisado sobre esta matéria". A CAP considera que o "eleitorado se deve pronunciar sobre isto uma vez que nunca até hoje isso aconteceu", tal como "nunca aconteceu" o Governo ser apoiado por "três partidos perdedores das eleições".

 

"A soma de três perdedores não dá um vencedor, continua a dar três perdedores. Tem mais deputados, mas quem ganhou não foi nenhum destes partidos", assinala, omitindo o apoio d'Os Verdes.

 

Decisão deve ser provisória

 

João Machado defende que "é desejável é perguntar aos portugueses o que querem", e diz que "há outras possibilidades constitucionais" além de indigitar António Costa, incluindo deixar Passos Coelho em gestão. "Dissemos ao Presidente que deve haver eleições em Junho ou Julho do ano que vem, e que a solução encontrada agora deve permitir isso", insistiu. Nesse sentido, "aconselhámos o Presidente a não tomar nenhuma decisão definitiva", mas sim uma "decisão provisória".

 

"O senhor Presidente tem possibilidade de encontrar um Governo de iniciativa presidencial. Se passa ou não no Parlamento é indiferente: fica como Governo de gestão até às eleições" a marcar no próximo ano, defende.

 

De manhã, tanto a CIP como a CCP defenderam que Cavaco tomasse uma decisão rápida, mas não se opuseram a um Governo do PS apoiado por Bloco, PCP e Verdes. Cavaco vai ainda ouvir a Confederação do Turismo de Portugal esta quinta-feira. Amanhã é a vez dos sindicatos e associações privadas.

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